O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou na segunda-feira que não vai aceitar o desafio do PCP e autopropor-se para depor na comissão de inquérito parlamentar sobre o furto de material militar dos paióis de Tancos.
O CDS-PP pediu centenas de documentos para análise na comissão parlamentar de inquérito ao furto de Tancos, incluindo o memorando da Polícia Judiciária Militar (PJM) sobre o aparecimento do material militar, na Chamusca, foi anunciado esta sexta-feira.
A comissão de inquérito ao furto de material de militar de Tancos vai reunir-se duas vezes por semana e começa as audições às 63 personalidades em janeiro, segundo o calendário acordado, hoje divulgado.
A comissão parlamentar de inquérito ao furto de material militar dos paióis de Tancos vai ouvir, até maio de 2019, 63 personalidades e entidades, incluindo o depoimento, por escrito, do primeiro-ministro, António Costa.
PS e CDS-PP envolveram-se hoje numa acesa troca de insultos por causa dos documentos sobre Tancos na comissão parlamentar de Defesa, uma discussão com acusações de "arruaceiro" e "fascista" e que obrigou a uma breve interrupção dos trabalhos.
O primeiro-ministro, António Costa, é o último da lista de personalidades que o CDS-PP propôs hoje ouvir na comissão de inquérito ao furto de Tancos, que chega a 45 pessoas, entre ministros, investigadores e suspeitos.
O PSD propôs hoje a audição de quatro ministros do atual Governo, do diretor nacional da Polícia Judiciária, de investigadores da Judiciária Militar, e dos arguidos na investigação ao furto de material militar de Tancos.
O PS vai chamar o primeiro-ministro, António Costa, a depor por escrito na comissão de inquérito ao furto de Tancos, e quer ouvir a anterior procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, entre dezenas de personalidades.
O Bloco de Esquerda requereu hoje a audição de 23 militares e políticos na comissão de inquérito ao furto de Tancos, começando pelos ex-ministros da Defesa Azeredo Lopes e Aguiar-Branco e incluindo militares arguidos no processo.
O primeiro-ministro considerou esta sexta-feira que o roubo de armamento na base militar de Tancos e as tragédias dos incêndios em junho e em outubro de 2017 foram os momentos mais difíceis dos três anos do Governo.
O CDS-PP pediu esta quinta-feira que seja enviada toda a documentação em poder do parlamento, na comissão de Defesa ou outras, para a comissão de inquérito ao furto de material militar dos paióis de Tancos.
A comissão de inquérito ao furto de material militar em Tancos começa hoje os seus trabalhos, no parlamento, em ambiente de tensão entre o CDS e os partidos de esquerda, PCP, PS e BE.
O CDS-PP acusou hoje PS, PCP e BE de, "no limite", estarem a pôr "entraves e dificuldades" ao trabalho da comissão parlamentar de inquérito do furto de armas em Tancos ainda antes de começar.
PS, PCP e BE exigem que toda a documentação enviada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o furto de Tancos, em segredo de justiça, deve ser devolvida e não transferida para a comissão de inquérito.
O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, disse hoje que não tem “absolutamente nenhum receio” quanto à segurança dos paióis das Forças Armadas, afastando uma eventual repetição de desaparecimento de material militar como aconteceu em Tancos.
O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, deu hoje posse à comissão de inquérito ao furto de material militar de Tancos, numa cerimónia que se prolongou por 16 minutos.
A posse da comissão de inquérito ao furto de material militar de Tancos ficou marcada por um incidente levantado pelo PSD quanto a um eventual conflito de interesses do presidente, Filipe Neto Brandão, sanado em minutos.
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu hoje que “são claríssimas desde a primeira hora” as intenções do CDS-PP na comissão de inquérito ao furto de Tancos e reafirmou que chamará o primeiro-ministro a depor.
O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, declarou que as Forças Armadas “não têm problemas de inventário” e remeteu o esclarecimento sobre “informações contraditórias” no “caso de Tancos” para as investigações judiciais em curso.
Os partidos estão de acordo que a comissão de inquérito ao furto de Tancos apure as responsabilidades no caso, mas têm diferenças, por exemplo, quanto ao alegado encobrimento na recuperação do material militar.
O ministro da Defesa Nacional visita na quarta-feira a Marinha e na sexta-feira o Exército, incluindo os paióis militares, visando inteirar-se das medidas de segurança e vigilância adotadas na sequência do furto de Tancos.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse hoje no parlamento que nunca falou com a sua antecessora Constança Urbano de Sousa, nem com a Guarda Nacional Republicana, sobre a recuperação das armas furtadas em Tancos.