"Não, porque o meu estilo, como já toda a gente percebeu, não é entrar em ‘fait divers'. Já percebemos todos algumas coisas más que aconteceram, mas não percebemos tudo e, portanto, convém que a comissão de Tancos trabalhe à margem das habilidades partidárias para criar aqui uma notícia ou outra", declarou Rui Rio.
O social-democrata, que falava à entrada do 23.º jantar de aniversário do Clube Via Norte, no Porto, reiterou que já tinha explicado publicamente que o que "sabia era juntar as pontas que todos poderiam ter sabido, aqui e acolá, para tirar conclusões que depois se vieram a verificar".
“Sem ter provas em concreto eu não podia afirmar na altura”, referiu o presidente do PSD.
O desafio a Rui Rio foi feito pelo deputado comunista Jorge Machado, no dia 05 de dezembro, quando apresentou a lista de personalidades que o PCP sugeriu que fossem ouvidas, na qual, ainda assim, não estava o nome do líder social-democrata.
Jorge Machado sugeriu que Rio deveria autopropor-se para ir à comissão depois de ter feito, no último verão, várias declarações nas quais disse que, sobre o furto de Tancos, não dizia tudo o que sabia, ou que, quando se deram as detenções relativas ao processo do reaparecimento do material furtado, "já estava à espera" que acontecessem.
A comissão parlamentar de inquérito ao furto de material militar dos paióis de Tancos vai ouvir 63 personalidades e entidades, incluindo o depoimento, por escrito, do primeiro-ministro, António Costa.
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