A Rússia e os Estados Unidos confrontaram-se hoje no Conselho de Segurança a propósito das tropas russas concentradas na fronteira com a Ucrânia, enquanto os países ocidentais intensificam esforços diplomáticos para evitar a eclosão de um conflito militar.
A França anunciou hoje a mobilização de uma fragata para o Mar Negro, um dos epicentros de tensão na crise Ucrânia-Rússia, e a Polónia disse que vai enviar munições defensivas para as autoridades ucranianas.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, descartou hoje a possibilidade de a Aliança Atlântica enviar tropas de combate para a Ucrânia se a Rússia lançar uma ofensiva contra o país.
O Reino Unido vai propor à NATO um “grande” envio de tropas, navios de guerra e aviões de combate na Europa, para responder ao aumento da “hostilidade russa” relativamente à Ucrânia, anunciou hoje o primeiro-ministro britânico.
O secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, afirmou hoje que a Rússia não quer uma guerra com a Ucrânia e sublinhou que Moscovo não está a ameaçar o país vizinho.
A Rússia anunciou hoje a conclusão de exercícios no distrito militar oeste (DMO), que inclui áreas de fronteira com a Ucrânia, Bielorrússia, países Bálticos e Finlândia, e o retorno das unidades aos seus quartéis.
Em maio de 2014, no início da rebelião separatista no leste da Ucrânia, Anatoli Vodolazski deslocou-se à praça central de Druzhkivska com uma bandeira ucraniana, após avisar alguns jornais e a polícia local, tornando-se um herói nacional.
O Presidente russo disse hoje "muito claramente" ao seu homólogo francês que não procura uma confrontação na Ucrânia, anunciou a presidência francesa, segundo a qual os dois líderes concordaram na necessidade de desanuviar tensões e continuar a dialogar.
A Bielorrússia entrará numa eventual guerra com o Ocidente se a sua aliada Rússia for atacada, garantiu hoje o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, prometendo acolher "centenas de milhares" de soldados russos se houver um conflito.
A Rússia quer resolver a crise sobre a Ucrânia pela via diplomática sem recurso à guerra, mas não permitirá que os seus interesses sejam violados ou ignorados, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira que solicitaram uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia, naquela que será a primeira vez que o órgão discutirá oficialmente a crise daquele país do leste europeu.
A Europa pode contar com fontes de fornecimento alternativas para substituir parcialmente o gás natural russo, que representa mais de 40% das importações europeias daquela matéria-prima e que podem ser afetadas pela crise ucraniana, defenderam hoje especialistas.
A delegação do Parlamento Europeu que vai à Ucrânia tentar reduzir a tensão com a Rússia instou hoje o primeiro-ministro húngaro a não romper a unidade europeia sobre o conflito no encontro com o Presidente russo, na próxima semana.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmitri Kuleba, disse hoje que a prioridade de Kiev é que a Rússia não consiga "desestabilizar" o país, mas que não descarta nenhum outro cenário.
O gasoduto “Nord Stream 2”, que liga a Rússia à Alemanha, pode estar em risco de não vir a operar devido à escalada da tensão com a Ucrânia, deixando Berlim “entre a espada e a parede”.
A polícia ucraniana deteve hoje o soldado da Guarda Nacional que matou cinco colegas com a sua arma de serviço numa fábrica no leste da Ucrânia, disse o ministro do Interior.
Em Kramatorsk, uma cidade da província de Donetsk, leste da Ucrânia, eleita a nova “capital” administrativa após a rebelião pró-russa, uma calma aparente contrasta com as declarações oficiais sobre os preparativos “para qualquer cenário”.
Representantes da Rússia, Ucrânia, França e Alemanha reuniram-se hoje durante mais oito horas e não chegaram a nenhum acordo sobre o conflito em território ucraniano, mas prometeram novas negociações nas próximas duas semanas na capital alemã, Berlim.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) avisou hoje a Rússia que "está preparada" para o pior caso a via diplomática falhe relativamente à escalada russa face à Ucrânia, garantindo estar já a "aumentar a preparação".
Os Estados Unidos rejeitaram hoje excluir uma adesão da Ucrânia à NATO, como exigiu a Rússia, mas propuseram o que consideram uma "via diplomática séria" para sair da crise, na sua resposta escrita às exigências de Moscovo.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reiterou hoje o seu pedido à Rússia para “parar imediatamente” com a escalada na fronteira ucraniana, vincando ainda acreditar no diálogo, no dia em que os Aliados respondem por escrito a Moscovo.
Os Estados Unidos da América (EUA) acreditam que a Rússia usará força militar contra a Ucrânia até meados de fevereiro, disse hoje a vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, considerou hoje que o número de tropas russas destacadas na fronteira da Ucrânia ainda é insuficiente para a Rússia lançar um ataque de grande escala.
O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden assegurou hoje que não tem intenção de enviar tropas norte-americanas ou da NATO para a Ucrânia, embora acredite que uma invasão da Rússia terá “consequências enormes” e “mudará o mundo”.