O parlamento “ponderou, pensou, não se precipitou” e deu hoje um “grande sinal” de democracia na votação que chumbou a despenalização da eutanásia, “uma questão superior à consciência individual dos deputados, defendeu a fundadora do movimento Stop Eutanásia.
A deputada do PS Maria Antónia Almeida Santos considerou hoje que a despenalização da morte assistida é um tema “incontornável e inadiável” na sociedade portuguesa, admitindo que volte ao parlamento na próxima legislatura.
O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) admite voltar ao tema da despenalização da eutanásia, hoje chumbada no parlamento, mas só depois das próximas eleições legislativas, previstas para 2019.
A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, afirmou que os enfermeiros estavam “preparados para os dois cenários” sobre os projetos de despenalização da eutanásia, hoje chumbados no parlamento, o que deixa “tudo na mesma”.
A deputada do PSD Paula Teixeira da Cruz, que votou a favor da despenalização da eutanásia, lamentou a rejeição dos quatro projetos de lei e admitiu que ainda haja espaço para discutir o tema.
O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, salientou hoje “a lição de tolerância e democracia” dada pelo presidente do partido, Rui Rio, que deu liberdade de votos aos deputados quanto à despenalização da eutanásia.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, manifestou hoje alegria pelo chumbo da despenalização da eutanásia e considerou que a Assembleia da República deu "um sinal de grande maturidade democrática".
A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, considerou hoje que Portugal está “um passo mais perto” de despenalizar a morte assistida, saudando o “extraordinário caminho” já feito sobre o tema.
O médico e ex-coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo afirmou hoje que a aprovação da eutanásia "é uma questão de tempo", sublinhando que nos últimos dois anos se "avançou imenso na compreensão das problemáticas do fim de vida".
Parlamento chumba despenalização da eutanásia. 229 deputados votaram esta terça-feira os quatro projetos de lei do PAN, BE, PS e PEV sobre a despenalização da morte medicamente assistida.
Os projetos de lei sobre a despenalização da eutanásia vão ser votados por 229 dos 230 deputados, faltando apenas um deputado na bancada social-democrata, o parlamentar Rui Silva.
A manifestação, intitulada “Não mates, cuida”, convocada pelo movimento Toda a Vida tem Dignidade, juntou hoje centenas de pessoas junto às escadarias do parlamento, num derradeiro apelo aos deputados para chumbarem quatro projetos de despenalização da eutanásia.
O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, defendeu hoje que a decisão sobre a despenalização da eutanásia deveria ser remetida para depois das próximas eleições legislativas, afirmando que não se devem “apanhar os portugueses de surpresa”.
O PCP recusa a ideia de que o debate em torno da eutanásia seja uma discussão sobre a dignidade da vida ou da morte, mas insiste que a despenalização seria um passo no sentido do retrocesso civilizacional.
O CDS-PP considerou hoje que a despenalização da eutanásia não dá autonomia às pessoas, mas antes confere poder a terceiros sobre a vida de outrem e lembrou que estas são leis com consequências sem retorno.
O PEV afirmou hoje que o seu projeto de lei sobre a eutanásia em nada contribui para desresponsabilizar o Estado relativamente à garantia de cuidados paliativos.
A deputada socialista Maria Antónia Almeida Santos defendeu hoje o projeto de lei do PS sobre a eutanásia, garantindo que responde às “reservas legítimas” quanto ao respeito da vontade do doente.
O Bloco de Esquerda (BE) definiu hoje como “uma escolha sobre a liberdade” o voto a favor dos projetos de lei de despenalização da eutanásia e contra a “prepotência de impor” um “modelo de fim de vida”.
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, reafirmou hoje a oposição do CDS-PP à despenalização da eutanásia por “razões políticas muito sérias”, defendendo que os deputados não têm mandato para votar esta alteração à lei.
O deputado do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), André Silva, apresentou hoje o seu projeto da eutanásia, defendendo se trata de descriminalizar “um ato de pura bondade”, ajudando alguém a antecipar a sua morte.
As seguradoras queixam-se de não terem sido ouvidas sobre os projetos de lei de despenalização da eutanásia que são hoje votados no parlamento e dizem que mudanças na lei obrigam a rever as regras dos seguros de vida.
A Assembleia da República discute e vota hoje os projetos de lei sobre a despenalização da morte medicamente assistida, numa pouco habitual votação deputado a deputado e de resultado imprevisível.
O líder social-democrata, Rui Rio, desejou hoje que cada um dos 89 deputados do PSD “aja em função da sua consciência” na votação sobre a morte medicamente assistida prevista para terça-feira.