À entrada para a reunião do Conselho Nacional do PSD, Rui Rio lembrou que o partido deu "liberdade de voto" para que os deputados votassem como "bem entendessem" os projetos de lei sobre a despenalização da eutanásia.

"Votar não posso, porque não sou deputado. Mas se votasse, votava como todos sabem [favorável]", sublinhou.

Rui Rio afirmou que nunca sujeitou as suas "convicções a qualquer circunstância de oportunidade pessoal".

"As pessoas que me conhecem sabem que foi sempre assim ao longo da minha vida. Nunca pus em causa as minhas convicções com aspetos de conjuntura ou de oportunidade. Foi assim até esta idade e será sempre assim até morrer", garantiu.

O presidente do PSD considerou ainda que o voto maioritariamente contra dos deputados do PSD não afasta a bancada social-democrata da direção do partido.

"Mas mesmo que achasse que sim não mudo as minhas convicções. Sou mesmo assim e acho que na política se deve ser assim. Não ajo em função da oportunidade. Tenho a minha opinião, cada deputado tem a sua e cada um é livre e tem o dever de a expressar livremente."

A Assembleia da República chumbou os projetos de lei do PAN, BE, PS e PEV para a despenalização da eutanásia.

O projeto do PAN teve 107 votos a favor, 116 contra e 11 abstenções. O diploma do PS recebeu 110 votos a favor, 115 contra e quatro abstenções.

O projeto do BE recebeu 117 votos contra, 104 a favor e oito abstenções. O diploma do PEV recolheu 104 votos favoráveis, 117 contra e oito abstenções.