O impacto a várias escalas dos incêndios na Amazónia, que têm afetado a vasta floresta tropical, vai ser debatido por especialistas na quinta-feira, no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa.
A União Europeia (UE) vai continuar a exigir que o Brasil cumpra os seus compromissos de combate à desflorestação da floresta amazónica, mas rejeita banir a importação de carne bovina como retaliação, afirmou hoje a comissária do Comércio.
Mais de 200 fundos de investimento internacionais, que juntos administram 16 biliões (milhão de milhões) de dólares, pediram às empresas brasileiras que adotem medidas contra a desflorestação e queimadas na Amazónia, num comunicado divulgado na quarta-feira.
A desflorestação da Amazónia brasileira é impulsionada por redes criminosas criadas por invasores e fazendeiros que usam violência e intimidação contra quem tenta impedi-los, denunciou a Human Rights Watch (HRW) num relatório divulgado hoje.
A ex-Presidente brasileira Dilma Rousseff discordou hoje da possibilidade levantada pelo chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, de conceder estatuto internacional à Amazónia.
Os Estados Unidos anunciaram hoje a criação de um fundo de investimento privado, de 100 milhões de dólares, para a conservação da biodiversidade da Amazónia, no âmbito do Diálogo de Parceria Estratégica, entre os dois países.
O Brasil garantiu hoje, perante a Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, o seu compromisso de combater a desflorestação ilegal da Amazónia, maior floresta tropical do mundo.
O Brasil registou 4.935 focos de queimadas na Amazónia brasileira nos oito primeiros dias de setembro, informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que revela que desde o início do ano os incêndios aumentaram 47%.
A desflorestação da Amazónia, no Brasil, quase duplicou entre janeiro e agosto deste ano comparando com 2018, atingindo 6.404 quilómetros quadrados, segundo dados oficiais provisórios hoje divulgados no país.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) brasileiro, Augusto Heleno, afirmou à Lusa que é uma "bobagem" (asneira) dizer que a Amazónia é património da Humanidade, e que os incêndios na região tiveram "alarmismo desnecessário".
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) quer reforçar ferramentas para proteger bens comuns como a Amazónia, que são partilhados por todo a humanidade, disse hoje a secetária-geral.
O Fundo da Operação Lava Jato, que inclui valores de multas aplicadas à estatal brasileira Petrobrás por corrupção, vai transferir 1,06 mil milhões de reais (230 milhões de euros) para proteção da região da Amazónia, foi hoje anunciado.
A reunião sobre a Amazónia, que juntará na sexta-feira pelo menos quatro países da América do Sul na Colômbia, apelará à comunidade internacional pela proteção daquele ecossistema afetado por incêndios e desflorestação, foi anunciado na quarta-feira.
A comissária europeia do Comércio advertiu hoje o Brasil que será "complicado" completar o processo de ratificação do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul caso as autoridades brasileiras não façam tudo ao seu alcance para proteger a Amazónia.
A árvore mais alta da floresta amazónica mede 88 metros e está no extremo norte do Brasil, a salvo dos incêndios que consomem a área, de acordo com um levantamento feito por investigadores brasileiros e britânicos.
A procuradora-geral da República brasileira (PGR), Raquel Dodge, afirmou na segunda-feira que o crime organizado é responsável pelo desflorestação da Floresta Amazónia, acrescentando que é preciso enfrentar a questão como um "fenómeno transnacional".
O mês de setembro começou com 980 focos de incêndio registados no domingo, na região da Amazónia brasileira, de acordo com o sistema de monitorização do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil.
A Amnistia Internacional (AI) pediu hoje às autoridades brasileiras que investiguem e acusem os responsáveis pelos incêndios ilegais na Amazónia, durante o lançamento de uma campanha internacional para pressionar o Governo brasileiro a proteger os territórios indígenas.
A organização não-governamental (ONG) Greenpeace apelou hoje, em declarações à agência Lusa, a que a comunidade internacional boicote produtos brasileiros provenientes de áreas desflorestadas, como forma de colocar pressão económica sobre a industria do país.
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, alterou sexta-feira o decreto que determinava a proibição de queimadas no país, durante 60 dias, ao decidir que a medida apenas se aplica à região da Amazónia.
O vice-Presidente brasileiro, Hamilton Mourão, reconheceu na quinta-feira que o Governo "cometeu erros" no combate às queimadas na Amazónia, já que "todos os anos" a situação se repete.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, abordou hoje a possibilidade de organizar uma reunião à margem da Assembleia Geral que ocorrerá em setembro para tratar dos incêndios e da degradação da Amazónia.
Os incêndios que têm devastado grandes áreas na Amazónia, Sibéria e Alasca aumentam os perigos para os seres humanos, mas “não são propriamente graves” para o planeta, diz o especialista Filipe Duarte Santos.
O presidente Jair Bolsonaro assinou na noite desta quarta-feira um decreto que proíbe as queimadas em todo o país durante dois meses, informaram fontes do governo citadas por vários meios de comunicação.