A China simulou neste domingo ataques contra "alvos cruciais" em Taiwan, no segundo dia das manobras militares que devem prosseguir até segunda-feira, no que está a ser a resposta do país à reunião entre presidente taiwanesa e o líder da Câmara de Representantes dos Estados Unidos.
A China conduz hoje mais um dia de exercícios militares, programados até segunda-feira, em torno de Taiwan, numa resposta de Pequim, ao encontro da líder da ilha com um responsável norte-americano.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, advertiu que qualquer acção unilateral da China sobre Taiwan representaria um perigo para a estabilidade global, numa altura em que Pequim iniciou exercícios de guerra à volta da ilha.
Taiwan está a enfrentar o "expansionismo autoritário" da China, disse hoje a líder da ilha, Tsai Ing-wen, no primeiro dia dos exercícios militares de Pequim no estreito de Taiwan.
O exército chinês anunciou hoje dois dias de manobras militares de "preparação para o combate" no estreito de Taiwan, na sequência da passagem da líder da ilha pelos Estados Unidos. Além disso, vai realizar, na segunda-feira, exercícios com fogo real no estreito de Taiwan, próximo das costas de Fuji
A China disse hoje que a "questão" de Taiwan não é sobre "democracia ou autoritarismo", mas que está relacionada com a "integridade territorial e soberania" do país asiático.
A China anunciou hoje a imposição de sanções à representante de Taiwan nos Estados Unidos, Hsiao Bi-khim, por pedir o apoio de Washington à agenda independentista da ilha, disseram meios de comunicação oficiais chineses.
Uma frota da marinha chinesa, liderada pelo porta-aviões Shandong, passou perto de Taiwan, antes do encontro entre a líder da ilha e o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos.
A líder de Taiwan vai reunir-se hoje com o primeiro-ministro do Belize, John Briceno, na conclusão de uma visita à América Central, onde Tsai Ing-wen renovou o apoio aos "aliados diplomáticos".
O Presidente chinês afirmou hoje que a "reunificação" com Taiwan é "essencial para a revitalização da China", durante um discurso na sessão de encerramento da Assembleia Popular Nacional, o principal evento político anual do país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China exigiu hoje que os Estados Unidos parem de interferir na questão de Taiwan, acrescentando que Pequim mantém a "opção de agir" caso a ilha declare independência.
O governo de Taiwan tem observado, nos últimos anos, vários alegados balões espiões chineses no espaço aéreo da ilha, noticiou o jornal Financial Times.
China e Taiwan trocaram hoje críticas, depois das autoridades da ilha terem impedido a entrada de uma delegação chinesa para assistir ao funeral do influente professor budista Hsing Yun, que morreu a 05 de fevereiro.
Taiwan lançou caças, colocou a marinha em alerta e ativou sistemas de mísseis, face às movimentações de 34 aviões militares chineses e nove navios de guerra nas suas proximidades, como parte da estratégia de intimidação de Pequim.
A situação no Estreito de Taiwan ao longo de 2022 foi "séria" e "complexa", afirmou hoje um porta-voz do Governo chinês, apontando que Pequim "tomou a iniciativa" de "unir compatriotas" em ambos os lados.
Uma simulação de um think thank norte-americano prevê “pesadas perdas” para todos os envolvidos numa possível invasão da China a Taiwan, incluindo os EUA e o Japão.
Taiwan vai estender o serviço militar obrigatório de quatro meses para um ano, anunciou o Presidente Tsai Ing-wenen, sublinhando que a ilha se deve preparar para as crescentes ameaças da China.
O representante de Taiwan em Lisboa, Chang Tsung-Che, desafiou o Governo português a abrir um escritório de representação em Taipé para fomentar o turismo e os negócios.
O Governo de Taiwan disse hoje que 18 bombardeiros chineses com capacidade nuclear entraram na zona de defesa aérea da ilha, numa incursão recorde no meio de tensões acrescidas com Pequim.
A Câmara dos Representantes norte-americana aprovou hoje um projeto de lei que prevê 10.000 milhões de dólares (cerca de 9.530 milhões de euros) de ajuda militar e vendas de armas a Taiwan.
Os Estados Unidos informaram hoje que estão a acompanhar "de perto" as ações militares da China contra Taiwan e garantiram que estão totalmente preparados para qualquer eventual ataque à ilha.