A Fenprof alertou hoje a tutela para a necessidade de acautelar que nenhum docente venha a perder tempo de serviço com o novo Estatuto da Carreira Docente, que deverá significar melhores salários e condições de trabalho.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, acusou hoje o PSD e o PS de manterem uma "discussão medíocre" sobre a falta de professores nas escolas e de não discutirem questões essenciais para a qualidade do ensino.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, garantiu hoje que a portaria de vagas para o concurso extraordinário de recrutamento de professores será publicada “muito em breve”.
O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse hoje que vai esperar o início da discussão da revisão do estatuto do professor e analisar o investimento no Orçamento do Estado para avaliar o Governo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou hoje o diploma do Governo para a criação de um regime excecional e temporário para recrutamento de professores e um apoio financeiro aos professores deslocados.
Cerca de 1,3 milhões de estudantes do 1.º ao 12.º anos começam, entre hoje e a próxima segunda-feira, as aulas de mais um ano letivo em que “milhares de alunos” voltam a não ter todos os professores.
O secretário-geral, Pedro Barreiros, considera "manifestamente pouco" a atribuição de 150 euros a professores que tenham que realizar 71 km para chegar à escola, e demonstra-se incrédulo com o valor atribuído aos professores que realizam 200 km.
A um dia do arranque do ano letivo, as escolas ainda procuram professores para mais de dois mil horários que continuam vazios, a maioria anuais, deixando cerca de 117 mil alunos sem aulas a, pelo menos, uma disciplina.
A escassez de professores está a aumentar em todo o mundo, segundo um estudo da OCDE que analisou diferentes políticas e concluiu que é preciso aumentar salários, atribuir subsídios, mas também tornar a profissão mais respeitada.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação escreveu aos professores em vésperas do regresso às aulas para desejar um "excelente ano letivo" com a promessa de valorização da carreira docente.
O concurso, anunciado a 22 de agosto, visa resolver falhas identificadas no concurso de vinculação extraordinário realizado pelo antigo executivo, que deixou 3.000 horários sem professor atribuído e 19.000 professores sem colocação.
O apoio aos professores deslocados terá um aumento de 50% na proposta do Governo afirmou hoje o ministro da Educação à saída das reuniões com os sindicatos.
O Ministério da Educação vai voltar hoje a reunir-se com os sindicatos para discutir a criação de um apoio a professores deslocados colocados em escolas onde faltam docentes e a realização de um novo concurso de vinculação.
O Presidente da República manifestou-se hoje preocupado com o início do ano letivo e questionou "como é que não se falou mais" no concurso extraordinário de professores previsto num diploma do Governo que promulgou em agosto.
O ministro da Educação, Fernando Alexandre, admitiu hoje que o novo ano letivo vai arrancar com “milhares de alunos sem aulas”, sublinhando que se trata de uma “falha grave” da escola pública que o Governo quer resolver até ao final da legislatura.
Se as aulas começassem hoje, 122 mil alunos não teriam, pelo menos, um docente a uma disciplina. Segundo a Fenprof, há, pelo menos, 890 horários por preencher.
Mais de 5.900 professores dos ensinos básico e secundário vão receber este mês o acerto salarial pela recuperação do tempo de serviço congelado, que vai prolongar-se por quatro anos, de acordo com o Ministério da Educação.
Cerca de cinco mil professores têm os dados validados para poder recuperar o tempo de serviço congelado, menos de 10% dos que já acederam à plataforma para reconhecimento desse tempo, segundo dados da tutela.
Será discutida a criação de um apoio à deslocação, destinado aos educadores de infância e aos professores dos ensinos básico e secundário, que fiquem colocados em agrupamentos de escolas ou escolas consideradas carenciadas.
A proposta é uma das medidas incluídas num acordo de 2022, que abriu caminho para um governo de coligação entre três partidos de centro-direita. Associações garantem que o efeito da proposta será o oposto e que só irá aumentar a discriminação e o ódio.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, garantiu hoje que os diretores das escolas serão sempre professores e, sem avançar datas, disse que a criação do Estatuto do Diretor "é uma prioridade".