O CDS-PP promove na quarta-feira à noite, em Oeiras, um colóquio sobre a despenalização da morte medicamente assistida, um dia antes de a Assembleia da República debater cinco projetos de lei sobre o tema.
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, apelou hoje aos deputados socialistas que não viabilizem os projetos de despenalização da eutanásia, para que possam “afirmar o valor da vida contra uma cultura de morte e de descarte”.
A Ordem dos Médicos voltou hoje a manifestar-se contra a despenalização da eutanásia, argumentando que esta prática viola a ética e a deontologia dos médicos, que "estão preparados para salvar vidas".
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) defendeu hoje que existe em Portugal “um enorme consenso” em respeitar a escolha da eutanásia por quem sofre, e anunciou que o partido irá votar favoravelmente todos os projetos pela despenalização.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, defendeu hoje que a eventual aprovação de uma lei da eutanásia na Assembleia da República não implica uma revisão do Código Deontológico dos médicos.
O coordenador do Movimento Cívico Direito a Morrer com Dignidade defendeu que os cuidados paliativos e a eutanásia “não são antagónicos”, citando um estudo na Bélgica em que a maioria dos que anteciparam a morte tiveram estes cuidados.
Mais de 100 pessoas concentraram-se hoje na Praça D. João I, no Porto, para mostrar um 'cartão vermelho' e dizer "não" à eutanásia, defendendo que Portugal deve cuidar e não matar.
O presidente da Associação de Médicos Pelo Direito à Saúde (AMPDS) defendeu hoje que o “objetivo último” da Medicina “não é a manutenção da vida a qualquer custo”, mas a promoção de bem-estar e a eliminação do sofrimento.
O parlamento viveu, em 28 de maio de 2018, três horas de debate intenso sobre um tema que dividiu direita e esquerda, e às 18:25 foi anunciado o “chumbo” dos projetos de despenalização da eutanásia.
O parlamento reforçou, desde as legislativas de 2019, as bancadas dos partidos mais favoráveis à despenalização da eutanásia e perdeu deputados nas que são contra, mas, a dias do debate, ninguém arrisca antecipar resultados.
A Assembleia da República debate e vota, na generalidade, esta quinta-feira, os cinco projetos de lei para despenalizar e regular a morte medicamente assistida em Portugal. Em vésperas de debate, aqui ficam 15 questões sobre a morte medicamente assistida.
A ex-presidente do CDS-PP Assunção Cristas defendeu hoje um referendo sobre a despenalização da morte medicamente assistida, pedindo que seja dada aos portugueses a possibilidade de se pronunciarem “sem pressa e sem pressões” sobre algo “profundamente desumano”.
O PS estima que um máximo de dez dos 108 deputados da bancada socialista votem na generalidade contra o seu projeto para despenalização da eutanásia e acredita que a votação final ocorra ainda nesta sessão legislativa.
A bancada do PSD regista ainda muitos indecisos quanto à votação das iniciativas sobre a despenalização da eutanásia, sendo as posições favoráveis do presidente Rui Rio e do primeiro ‘vice’ Adão Silva minoritárias na direção do grupo.
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) defende que o Estado deve focar-se em recuperar as “décadas de atraso” no investimento em cuidados de fim de vida em vez de preocupar-se em dar “instrumentos para matar pessoas”.
O médico e antigo secretário de Estado da Saúde José Martins Nunes defendeu hoje que a despenalização da eutanásia não é uma questão de consciência individual, nem um sinal de progresso civilizacional.
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, confirmou hoje que o partido votará a favor de um referendo sobre a despenalização da eutanásia, caso dê entrada uma iniciativa de cidadãos com esse objetivo no parlamento.
O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu hoje que “o referendo não está em cima da mesa” na despenalização da eutanásia e só no final do processo parlamentar se verá “se a sociedade o quer”.
A líder parlamentar do PS pediu hoje que o debate sobre despenalização da eutanásia se faça de forma serena, esclarecedora e sem "insinuações sobre troca de votos", rejeitando o referendo e o argumento da falta de debate.
O presidente do PSD, Rui Rio, pediu hoje à bancada parlamentar “dimensão e grandeza” no exercício da liberdade de voto sobre a despenalização da eutanásia, sem falar sobre um eventual referendo.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje “não” por duas vezes, contra o referendo e a eutanásia, ou morte assistida, que estará em debate dentro de uma semana no parlamento, e fez um apelo: “não matem”.