O ministro do Interior de Itália e líder da extrema direita, Matteo Salvini, advertiu hoje as organizações não governamentais que resgatam imigrantes no Mediterrâneo central de que devem "procurar outros portos" para desembarcar essas pessoas.
A Armada escoltará a flotilha de três barcos, entre os quais o Aquarius, que se dirige a Espanha com 630 imigrantes quando entrarem em águas territoriais espanholas, assegurou hoje a ministra da Defesa, Margarita Robles.
O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros informou hoje ter convocado o embaixador de França no país, no âmbito das declarações caracterizadas como "surpreendentes" por parte do presidente francês sobre o navio Aquarius, com 629 migrantes a bordo.
O navio Aquarius, da organização não-governamental SOS Mediterranée, partiu hoje para Espanha, escoltado por duas embarcações da Marinha italiana com as quais repartiu os 630 migrantes, depois de o Governo italiano ter rejeitado o desembarque.
A presidente da Câmara de Madrid, Manuela Carmena, disse hoje que a capital espanhola pode acolher 20 famílias, até um máximo de 100 pessoas, que se encontram a bordo do navio "Aquarius".
O responsável de operações marítimas da ONG proprietária do navio com migrantes a bordo Aquarius, afirmou hoje que a viagem para Espanha, único país que aceita recebê-lo, constitui um "desafio considerável", em termos técnicos e humanos.
O ministro do Interior italiano e líder do partido nacionalista Liga, Matteo Salvini, disse hoje que o navio Aquarius, que Itália e Malta recusaram receber, já navega em direção a Espanha, que se ofereceu para o acolher.
Um navio da guarda-costeira italiana com 790 migrantes a bordo aguarda desde domingo que lhe seja atribuído um porto em Itália, um segundo caso depois do Aquarius, com 629 pessoas a bordo, que continua em alto-mar.
Pedro Sánchez deu instruções para que Espanha acolha no porto de Valência o navio Aquarius, que permanece no Mediterrâneo com mais de 600 migrantes e refugiados resgatados.
O navio com 629 migrantes resgatados no Mediterrâneo por uma ONG permanece hoje no mar devido ao impasse entre Itália e Malta, que lhe recusam entrada e se acusam mutuamente de violação da lei internacional.
O realizador brasileiro Kléber Mendonça Filho estreia esta semana em Portugal o filme "Aquarius", sobre a resiliência de uma mulher e de um apartamento, que é também um retrato sobre a memória e sobre um país.