Ó treinadores de bancada, quantos de vós têm formação para assumir um cargo público? E, já agora, quantos foram votar, mas mantêm a queixa permanente? Bom, os que não pagam impostos e fogem das responsabilidades, enquanto cidadãos, não me merecem uma interrogação.
Há umas semanas o meu marido testou positivo à covid-19. Azarinho, ficámos confinados e à espera de ver o momento em que o vírus se manifestaria na minha pessoa.
A maternidade significa várias coisas e, no mundo da alta competição, maioritariamente masculino ao nível das decisões, podemos talvez dizer que a maternidade “é uma chatice”
Ninguém faz um aborto por gosto, senhores, faz-se por impossibilidade prática de gerar e criar uma criança, por falta de condições emocionais, físicas, financeiras. E faz-se porque a violação continua a ser um crime que acontece a todas as horas do dia.
Faz todo o sentido ser feminista. O que não faz sentido é voltarmos a discutir a santidade da vida, num moralismo religioso que incute medo e submissão.
Durante anos, defendi a TAP como quem defende o país e o seu bom nome, uma companhia de bandeira, a nossa. Aqui chegada, a minha relação com a TAP terminou, é um divórcio sem retrocesso, não sobra nem uma réstia de amizade.
Estamos à beira dos 50 anos do 25 de Abril, mas há muito que continua por fazer, sendo que garantir a segurança às mulheres é, claramente, uma das metas por cumprir.
O fim é uma realidade que nos ultrapassa. O castigo é o cenário anterior, a doença, o arrastar de decisões médicas, palavras e terminologias desconhecidas, previsões fantasiosas, negações e pensamentos mágicos.
Que uma médica, na televisão, diga “aleijadinha” deixa muito a desejar. Terá o mesmo tipo de vocabulário em consultório? Talvez nunca tenha pensado nestas questões, mas precisa muito de rever o seu discurso.
A minha avó gostava de boas conversas, de almoços e jantares prolongados, preguiçosos, com anedotas e histórias de família, mas novidades em número surpreendente para ansiar pelo que aí vinha.