Do que falo eu? O nível de crueldade, maldade e outras coisas similares, algumas já brejeiras e indecentes, dirigidas a Marta Temido, enoja-me. Treinadores de bancada na política é uma das características da democracia, liberdade de expressão e direitos adquiridos. Mas caramba, a senhora sai do Governo admitindo que não tem condições e ainda leva com um pano encharcado?
Se fosse um chorrilho de críticas ao primeiro ministro, bom, é o líder, é quem pode ajustar verbas e tal, eu até percebia; não compreendo é a hostilidade e a necessidade de agressão. Quantos de nós estávamos preparados para assumir uma pasta tão difícil quanto a Saúde e viver dois anos de pandemia?
Atacar Marta Temido é uma cobardia demasiado fácil e facilitadora. E o pior são os comentários sexistas, que me fazem perder mais a cabeça. Haja paciência, em democracia podemos e devemos dizer o que pensamos e exigir melhor - sobretudo a quem elegemos - será muito difícil fazê-lo com dignidade e sem ser agressivo, prepotente ou outra bodega qualquer que não eleva ninguém? Que tristeza, Portugal.
Vai ser difícil encontrar alguém que queira esta pasta. São cada vez menos as pessoas que se querem prestar a este nível de escrutínio, a esta violência. E a culpa? É nossa. Quando pensarmos na qualidade dos nossos políticos talvez seja de considerar também a que praticamos.
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