Claro que esta premissa é logo meio descabida porque, creio eu, ainda não há um único bar no mundo inteiro que seja tão grande que consiga albergar de uma só vez os egos destas pessoas. Mas imaginemos que até dava e que entravam no mesmo bar os três portugueses mais falados dos últimos dias em que f
Ou não? Claro que adoramos. Entre financiamento público directo e isenções fiscais, nem se sabe bem ao certo em quanto é que as touradas são ajudadas, mas são uns belos milhões por ano.
Quem diz maluquinhos, diz pessoas com depressão, ansiedade, perturbação bipolar, esquizofrenia, distúrbios alimentares, transtorno obsessivo-compulsivo, e todo um por demais vasto rol de maluquices agradáveis de se ter. Quer dizer, agora, por causa do politicamente correcto, já não se chama a isto m
É fácil julgar logo as pessoas, principalmente porque são maioritariamente jovens, pela sua irresponsabilidade cívica e falta de respeito pelas vidas alheias, sejam dos doentes, ou possíveis doentes, como dos profissionais de saúde que continuam diariamente na luta. E com razão.
Não, não é. Pelo menos, a mim, não me parece que seja. Mas deixei o título assim para uma data de gente começar aos berros comigo sem sequer chegar a ler estas primeiras linhas.
Esta semana partilhei um comentário que um senhor no Twitter tinha feito sobre mim. Copiei para aqui exatamente como o original, incluindo aquela agoniante vírgula entre o sujeito e o predicado, provavelmente a pior parte da mensagem.
A vida é bela. Ou melhor, pode ser bela. Mas às tantas dá jeito que façamos por isso. Que façamos todos, e que façamos ainda mais, nós que podemos, por aqueles que não podem, por aqueles a quem não deixam. Até porque, sejamos honestos, a vida é pouco bela para muita gente. E não me tomem já por arau
Todos nós, enquanto sociedade, devemos ser mais carinhosos para com o beto oprimido, essa minoria ostracizada, e não lhe fazer bullying sob o risco de lhe dar a volta ao estômago com a ansiedade e o fazer vomitar o almoço do Bel Canto assim que chega à Comporta para brincar aos pobrezinhos
Longe de mim querer passar por cima das diretrizes da DGS e de todos os peritos que falam com a preponderância que lhes é reconhecida, mas deixo aqui as minhas sugestões de regras para as próximas semanas (meses, anos, vida toda) que são mais de cariz cívico do que de saúde.
Mais uma grande semana de combate contra o vírus do marxismo cultural, a pancreatite do politicamente correcto, a diabetes da Constituição e até o cancro dos Direitos Humanos, sob a espada dos nossos neo-cruzados de algibeira, André Ventura e Nuno Melo.
Quer dizer, para os super-ricos está sempre bom. Portanto, também não era uma pandemia que poderia agora beliscar-lhes a vida maravilhosa que levam, nem sequer com uma leve perturbação do sono. Aconteça o que acontecer, dormem sempre descansados.
Uma destas manhãs, abri a janela e entrou-me ar fresco pelo nariz, bochechos de sol pelos olhos e uma rabanada de conformado optimismo pelos ouvidos. Estava um destes dias bons de Primavera, que só nos apetece ficar em casa, obviamente, por sermos cidadãos responsáveis que entendem que a cura social
As horas passam tão pastosamente por estes dias que quase as sentimos passar por nós. Mas ao mesmo tempo, já é noite e como é que passou a correr, perguntamo-nos. O tempo está tão difuso que já não o medimos em horas ou dias, mas em distância e saudades, que numa equação básica de físico-química se
Apesar de ser usada até à exaustação e nos mais variados contextos — pode ser um proeminente político a falar sobre uma guerra ou uma pita no Instagram a contar a desilusão que teve quando estragou o seu biquíni preferido a lavá-lo na máquina —, a verdade é que também, não amiúde, é um pensamento tã
Porque é que estes jovens, bem doidos, irreverentes, dinâmicos e empreendedores, haviam de abdicar de mais uma incrível noite igual a todas as outras, se o preço a pagar é apenas contribuir decisivamente para a propagação do vírus que é bem capaz de matar os avós deles e dos outros, mas a eles não?
Como vocês sabem pelo conhecimento que têm das regras, a primeira regra do Fight Club é não falar sobre o Fight Club. Portanto, eu nem sequer devia estar a falar nisto, mas vou abrir uma excepção.
Dependendo da perspetiva, mais optimista ou mais pessimista, podemos substituir wuantificação por revolução ou estupidificação. Escolho esta segunda, claro. Até porque, mesmo não querendo ser alarmista, esta alastra-se muito mais rápida e eficazmente que o coronavírus.
Volta e meia, lá aparecem eles. Em grupos organizados ou por iniciativa própria, com t-shirts com o emblema do clube ou com o crucifixo por cima da camisa azul bebé, na missa ou na escadaria da Assembleia da República, com cartazes feitos nas aulas de EVT dos colégios ou com tweets reacionários, a e