Este artigo tem mais de 4 anos
O que temos de saber:
- O novo balanço da Direção Geral de Saúde aponta para 9034 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus em Portugal, 209 mortes e 68 recuperados. É expectável que os números continuem a aumentar, não se consegue ao certo determinar quando será o "pico" para o qual todos olhamos como a curva a partir da qual a vida pode lentamente começar a retomar a normalidade. Para já, o foco é em garantir que o número de caso sobe o mais lentamente possível, para que não se chegue a um ponto em que se torna muito difícil dar resposta, isto é, ajudar quem precisa de cuidados de saúde. É com foco neste esforço conjunto que a Assembleia da República aprovou hoje o prolongamento do estado de emergência — são mais 15 dias, até 17 de abril. Venham eles. Basta olhar para a vizinha Espanha para saber que todo o cuidado é pouco na forma como se aborda esta crise sanitária: mais de 10 mil mortes, 950 só nas últimas 24 horas. Entretanto, vale nota ainda nas notícias de hoje para o facto de os serviços secretos norte-americanos estarem convencidos de que a China mentiu sobre a severidade deste coronavírus.
O que devemos saber:
- Que temos de ser pacientes, connosco e com os outros. Não, não tem de estar sempre otimista. Sente que esta pandemia lhe tirou alguma coisa, mas não sabem bem explicar quê? Esta conversa pode ajudar a colocar muito do que tem sentido em perspetiva.
- Este é, sem dúvida, um momento de enorme pressão sobre as famílias, pelo que a preocupação é grande quando se fala de violência doméstica. O número de pedidos de apoio têm diminuído, mas talvez seja cedo para tirar conclusões sobre o porquê. No entanto, a ajuda continua a existir — e muitas vezes pode partir da própria família, um/a tio/a, um primo/a, alguém disposto a acolher. E quando se fala em violência doméstica não se pode esquecer os mais novos — a Linha SOS Criança continua disponível e como diz Manuel Coutinho, cabe-nos a todos estar atentos porque "é melhor agirmos e não ser nada do que ficarmos comodamente à espera e a informação [de um caso de violência] vir a confirmar-se, às vezes tarde de mais".
- Que não podemos deixar ninguém para trás. O que pedem os sem-abrigo? Que não sejam esquecidos neste período de isolamento social em que a cidade se fechou em si mesma. É por isso que a Comunidade Vida e Paz mantém o seu trabalho de rua e foi por isso que o Miguel Morgado subiu a bordo da carrinha C — para ver, conversar e contar-nos tudo, as histórias, os rostos, as preocupações de quem ajuda e de quem é ajudado.
O que queremos saber:
- Que o Branko faz 40 anos hoje e nos vai presentear a todos com um concerto. A Rita Sousa Vieira falou com ele, leia tudo aqui;
- Que os vinhos de quase 50 produtores alentejanos estão agora à distância de um clique;
- Que existem bons motivos para estar em frente ao ecrã neste tempo de isolamento. Como diz a Mariana Falcão Santos "o humor, a criatividade e o entretenimento também nos alimentam".
O meu nome é Inês F. Alves e hoje o dia foi assim.
Comentários