As audições serão na Comissão de Assuntos Constitucionais, que hoje aprovou, por unanimidade, pedidos do PSD e do CDS de audição de Constança Urbano de Sousa e Francisca Van Dunem.
Inicialmente, o PSD queria ouvir a diretora nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) devido aos atrasos nas entradas de passageiros no aeroporto de Lisboa, até três horas, em julho, mas o PS opôs-se, remetendo essas explicações para a ministra da Administração Interna.
O PSD fez, então, uma adenda ao requerimento de modo a admitir pedir a audição da responsável do SEF se considerar que, após ouvir a ministra, são necessários mais esclarecimentos.
O mesmo argumento foi usado pelo PS quanto ao pedido para ouvir o diretor geral dos Serviços Prisionais, Celso Manata, sobre um relatório do Serviço de Auditoria e Inspeção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais que detetou falhas de segurança.
Neste caso, será ouvida a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e, se não se sentirem esclarecidos, o PSD proporá a audição, como explicou o deputado do PSD Fernando Negrão, dado que Celso Manata afirmou estupefacto com as conclusões do relatório.
O CDS juntou um ponto à agenda da reunião dos deputados com Constança Urbano de Sousa – os incêndios de Pedrógão Grande que fizeram 64 mortos.
A ministra da Administração Interna vai ainda ter de esclarecer os deputados sobre os constrangimentos, cortes e cativações nas forças de segurança (GNR, PSP e SEF) que o Governo negou, mas a GNR do Porto confirmou.
Os centristas querem questionar, mais uma vez, a ministra sobre as responsabilidades nos incêndios, depois de, em 09 de agosto, ter responsabilizado, nas palavras da deputada Vânia Dias da Silva, do CDS, “a GNR, a secretaria-geral do MAI, a Autoridade Nacional da Proteção Civil e até bombeiros”.
No final da reunião de hoje, o presidente da comissão de Assuntos Constitucionais, Bacelar de Vasconcelos, anunciou que iria marcar as audiências para inícios de outubro, após as eleições autárquicas.
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