
Mais de metade do novo parlamento são caras novas, começando pelo deputado do partido madeirense JPP, eleito este ano pela primeira vez. As eleições antecipadas resultaram também em 15 novas caras na AD, 15 no Chega, 11 no PS, 3 no IL, 2 no Livre.
Foram ainda eleitos três ex-secretários de Estado no partido vencedor, a coligação Aliança Democrática. São eles: Cristina Vaz Tomé (Saúde), Ana Isabel Xavier (Defesa) e Alberto Fernando da Silva Costa (Cultura).
No PS, a rapper Eva Rap Diva (Eva Marisa Cruzeiro Alexandre) foi eleita pelo círculo de Lisboa e promete defender os direitos das mulheres.
A reflexão é do JN, que acrescenta que este ano foi eleita mais uma mulher do que no ano anterior, 77 no total, que representam 34% dos 226 mandatos atribuídos.
Apesar de ainda faltarem apurar os resultados da emigração, não são cumpridos o mínimo de 40% de mulheres ou de homens estabelecido no diploma.
Só a bancada do Livre respeita a paridade, com metade dos seis eleitos a serem mulheres. De 86 mandatos, a AD elegeu 29 deputadas, de 58, o PS elegeu 21, de 58, o Chega elegeu 18, a IL, de nove, elegeu três. Paula Santos, do PCP, e Mariana Mortágua e Inês Sousa Real, como deputadas únicas do BE e PAN, também regressam ao Parlamento português.
O relatório sobre o impacto na promoção da paridade publicado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, reforça que Portugal está longe de cumprir os objetivos.
"Apesar da letra da Lei ter sido assimilada pelos partidos políticos em Portugal, o espírito da Lei, ou seja, a interiorização de que a paridade efetiva é o objetivo final, permanece praticamente ausente. Se tal não fosse o caso, estes colocariam, certamente, mais mulheres em lugares elegíveis das listas e não apenas onde a Lei dita ser obrigatório, como ocorre na maioria dos casos", lê-se.
Juventude
Comentários