
"Peço aos ministros da Saúde do mundo todo e à OMS que considerem a nossa retirada da organização como um alerta", disse Kennedy, num vídeo enviado à reunião anual da agência da ONU, depois do governo de Donald Trump ter anunciado em janeiro que deixaria a organização.
No seu discurso, Kennedy afirmou que a agência da ONU está sob uma influência indevida da China, da ideologia de género e da indústria farmacêutica.
Kennedy, conhecido pelo seu posicionamento anti-vacina, falou à assembleia depois da OMS ter anunciado, esta terça-feira, que adotou um acordo internacional sobre prevenção e cooperação em pandemias.
O secretário afirmou que a OMS está atolada numa "burocracia inflada, paradigmas enraizados, conflitos de interesse e políticas de poder internacional" e disse que os Estados Unidos estão em contacto com países com visões semelhantes.
"Pedimos a outros que considerem juntar-se a nós", disse.
"Não precisamos de sofrer com as limitações de uma OMS moribunda. Vamos criar novas instituições ou rever as existentes para torná-las ágeis, eficientes, transparentes e responsáveis".
Kennedy argumentou que as prioridades da OMS refletiam frequentemente "os preconceitos e interesses da medicina corporativa" e afirmou que a organização permitiu o estabelecimento de agendas políticas como a "promoção da ideologia de género".
Os Estados Unidos são tradicionalmente os maiores doadores da OMS e o anúncio da saída do país mergulhou a organização numa crise orçamentária que levou a uma reestruturação e a demissões.
Kennedy acusou ainda a OMS de ocultar relatórios sobre a transmissão da Covid-19 entre humanos e de colaborar com a China para espalhar o mito de que "a Covid se originou em morcegos ou pangolins, em vez de uma pesquisa financiada pelo governo chinês num laboratório biológico, em Wuhan".
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