Os sindicatos contam com o isolamento do PS na votação final das propostas que consagram a contagem integral do tempo de serviço aos professores, já que a abstenção da esquerda às condições da direita garante esse objetivo.
O secretário-geral do PS, António Costa, criticou hoje a posição do PSD e do CDS-PP em relação ao diploma dos professores, desafiando os dois partidos a votarem contra a proposta em plenário.
O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, acusou hoje o PS de ter criado uma crise artificial no país a propósito da aprovação na Assembleia da República da contabilização de todo o tempo de serviço dos professores.
A coordenadora do BE considerou hoje que o primeiro-ministro pôs "em causa a estabilidade" do país porque as europeias "estavam a correr mal", e desafiou o PS a manter o acordo e não se aliar à direita.
O presidente do PSD vai falar esta tarde, às 18h30, no Porto, sobre a ameaça de demissão do primeiro-ministro caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores seja aprovada em votação final no parlamento.
A líder do CDS-PP anunciou hoje que os centristas só votarão a favor, em votação final, do diploma dos professores se forem aceites as condições do partido, como sustentabilidade financeira e crescimento económico.
A líder do BE disse hoje que "não tem nenhum sentido" que o Governo "crie instabilidade" por uma medida sem reflexo no Orçamento do Estado de 2019 e defendeu que a política não pode ser "um jogo".
O secretário-geral do PCP garantiu hoje estar disponível para continuar uma política de “reposição de direitos”, mas não para “andar para trás”, referindo-se à posição do primeiro-ministro sobre a contabilização do tempo de serviço dos professores.
O PSD acusa o primeiro-ministro de mentir "deliberadamente" no caso da recuperação integral do tempo de serviço dos professores, salientando que as mudanças não têm qualquer impacto financeiro adicional no atual mandato.
A comissão política do BE esteve hoje à noite reunida extraordinariamente depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter ameaçado com a demissão do Governo caso o tempo de serviço dos professores seja aprovado em votação final global.
O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, defendeu hoje que o Governo tem de acatar as decisões da Assembleia da República, que deve respeitar enquanto órgão de soberania.
O presidente do Governo dos Açores disse hoje ver com “naturalidade” a divergência do executivo nacional face ao açoriano na matéria da reposição integral do tempo de serviço dos professores, que foi aprovada na região autónoma em dezembro.
O Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) acusou hoje o primeiro-ministro de “intransigência e falta de clareza” e de ter demonstrado uma “estratégia eleitoralista” com a ameaça de demissão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou hoje que tratar os professores de forma diferente da restante função pública e da generalidade dos portugueses em termos da contabilização do tempo de serviço será “uma enorme injustiça”.
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou hoje o primeiro-ministro de “querer virar as costas” ao país e não ter credibilidade e admitiu que o executivo “não tem como governar” se perder “a sua maioria” no parlamento.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou hoje que a aprovação das propostas de alteração que recuperam o tempo integral de serviço dos professores mostram “a esquerda a desviar-se para ser ultrapassada pela direita”.
O constitucionalista Reis Novais defendeu hoje que o Governo “esgotou todas as opções” a que poderia recorrer, após o anúncio do primeiro-ministro de que se demitirá se o parlamento aprovar a contabilização total do tempo de serviço dos professores.
O primeiro-ministro António Costa ameaçou apresentar a demissão do Governo se o parlamento aprovar em plenário as medidas aprovadas em sede de especialidade que devolvem na íntegra o tempo de serviço congelado aos professores, naquele que constitui um novo patamar nas longas negociações entre as dua
A CGTP, UGT, FESAP, sindicato dos Magistrados e associações da polícia e dos militares já reivindicaram tratamento igual ao dos professores no que respeita à contagem do tempo de serviço. Enfermeiros acusam o PSD e o CDS de preferir professores em detrimento de outros profissionais.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusa o PSD e o CDS de mostrar de forma inequívoca preferência pelos professores em detrimento de outros profissionais, como os enfermeiros.
Os sindicatos de polícia pediram hoje "tratamento idêntico" aos dos professores ao exigirem a contagem total do tempo em que as carreiras dos polícias estiveram congeladas e ameaçam com protestos.
A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) disse ter o compromisso do Governo de que será aplicado aos funcionários da Polícia Judiciária as mesmas regras aprovadas para os professores quanto à recuperação do tempo de serviço.
O PCP usou hoje, por quatro vezes, a acusação de “calculismo eleitoral” para qualificar a criação de um ambiente de crise pelo Governo em torno da contabilização total do tempo de serviço dos professores.
O BE garantiu hoje que vai manter a votação sobre os diplomas dos professores, que diz serem constitucionais, e acusou o PS de ter duas posições, uma nas regiões autónomas e outra em Portugal Continental.