O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, um dos quatro candidatos presidenciais às eleições de outubro, exigiu hoje uma recontagem dos votos ou a repetição da votação, como formas de repor a "justiça eleitoral".
O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados das eleições gerais de 09 de outubro em Moçambique, anunciou hoje que as manifestações de protesto são para manter até que seja reposta a verdade eleitoral.
O Consulado-Geral de Portugal em Maputo criou um grupo na rede social Whatsapp "para disponibilizar um canal de comunicação direta adicional", tendo em conta a "atual situação de instabilidade" em Moçambique, disse hoje à Lusa fonte diplomática.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje acompanhar "com preocupação" a situação no terreno em Moçambique, país palco de intensas manifestações para contestar os resultados das eleições gerais, e garantiu esforços diplomáticos de Portugal para retorno à calma.
Maputo vive hoje um cenário de caos, com pilhagens, manifestantes pró-Venâncio Mondlane a colocarem pneus a arder nas avenidas principais, intransitáveis, perante um fumo negro cobre parte da cidade, entre consecutivos estouros de granadas de gás lacrimogéneo.
O Governo português atualizou hoje pela segunda vez o aviso de 25 de outubro aos cidadãos nacionais que se encontram em Moçambique para evitarem ajuntamentos e manterem cuidados de segurança redobrados, face à agitação social vivida naquele país.
A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique acusou hoje ao Venâncio Mondlane de proferir discursos que transformam manifestações em "atos de vandalismo, violência e roubo", pedindo à comunidade internacional "ajuda" para restabelecer a "estabilidade".
A polícia moçambicana travou hoje, no centro de Maputo, uma manifestação com poucas dezenas de pessoas em protesto contra os resultados anunciados das eleições gerais de 09 de outubro, lançando gás lacrimogéneo para dispersar.
A porta-voz do Governo do Ruanda, Yolande Makolo, afirmou hoje que as forças armadas ruandesas não têm tropas em Maputo, nas operações que tentam controlar as manifestações pós-eleitorais, contrariando várias mensagens que circulam há vários dias.
O chefe da diplomacia europeia apelou hoje "ao diálogo político, à contenção e à calma de todas as partes" em Moçambique, pedindo que as próximas fases do processo eleitoral se pautem pelo respeito pelo Estado de direito e pela transparência.
A cidade de Maputo registou hoje, pelo segundo dia consecutivo, confrontos entre apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, com a polícia a intervir, lançando gás lacrimogéneo para dispersar.
Populares do distrito de Muidumbe, na província moçambicana de Cabo Delgado, encontraram um casal de idosos decapitado nas margens do rio Messalo, disseram hoje à Lusa fontes da comunidade.
Entre Maio de 1974 e Novembro de 1975 cerca de 500.000 pessoas vieram de Angola e Moçambique (não há números exatos), numa migração forçada que envolveu muito sangue, suor e lágrimas - situação de que o país não gosta de falar, mas que ainda é lembrada por muita gente. A jornalista Alexandra Marques
O Ministério Público moçambicano apelou hoje à juventude para que não adira a "manifestações que violam a lei", acusando os protestantes que têm estado nas ruas desde o anúncio dos resultados eleitorais de estarem a destruir infraestruturas.
Um empresário português do ramo da construção civil foi raptado ao início da tarde de hoje no centro de Maputo, confirmou à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Portugal.
O Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) afirma que "o número de pessoas mortas por ação policial" nas manifestações contra os resultados das eleições presidenciais no país "subiu para 11".
A Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou hoje que deteve em todo o país 371 pessoas em resultado dos protestos na quinta-feira e esta madrugada, com confrontos entre as autoridades policiais e manifestantes.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane rejeitou hoje “de forma liminar” os resultados das eleições gerais moçambicana, que atribuem à Frelimo e ao seu candidato, Daniel Chapo, a vitória, considerando que “não refletem a vontade do povo”.
Enquanto a CNE anunciava os resultados eleitorais moçambicanos, com a Frelimo a eleger Daniel Chapo Presidente da República e a reforçar a maioria absoluta parlamentar, manifestantes pró-Venâncio Mondlane saíam às ruas de Maputo, queimando pneus e cortando avenidas.
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, venceu as eleições nas 10 assembleias provinciais, elegendo assim todos os governadores de província, anunciou hoje a Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Daniel Chapo, candidato da Frelimo que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou hoje ter vencido as presidenciais de 09 de outubro, disse que vai ser o "Presidente de todos os moçambicanos", mesmo dos que estão a manifestar-se nas ruas.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana anunciou hoje a vitória de Daniel Chapo (Frelimo) na eleição a presidente da República de 09 de outubro, com 70,67% dos votos, resultados que ainda carecem da validação do Conselho Constitucional.
No cemitério de Michafutene, arredores de Maputo, gritou-se toda a tarde a uma só voz “justiça” e “advogado do povo”, na despedida emocionada de Elvino Dias, 45 anos, assessor jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane.