Um jornal diário custa entre um euro e 1,20€. Um jornal diário custa o equivalente a um café e um pastel de nata naquelas promoções matinais que várias pastelarias praticam.
Pensar em jornalismo nos dias de hoje é pensar em conteúdo informativo, no conceito de informação, mas também em comunidade, em tecnologia, em velocidade e na necessidade de convivência de tudo isto no mesmo ambiente de trabalho.
Correndo o risco de soar completamente parcial em relação a um tema, no mínimo, controverso, tento acalmar o vosso espírito: garanto-vos que não vou defender uma causa de forma cega e que sei ver a doença que a assombra.
A polémica à volta da distribuição de preservativos nas escolas (medida que tem letra de lei há anos, mas nunca foi aplicada…), diz muito sobre a forma como se persiste em entender o ensino como uma espécie de bolha liofilizada, conservada em vácuo, que dispõe de uns estabelecimentos onde depositamo
Se o caro leitor gosta de provas escaldantes provenientes de sites alojados em moradas manhosas (mais ilegítimas que os bastardos de Juan Carlos de Borbón), este cronista não é adequado para si, mas estende-lhe a mão. Se sabe tudo acerca das vigas mestras do World Trade Center, priorados de Sião, i
Sempre que se debate a praxe vem a conversa dos abusos. Os abusos são o que não me interessa neste debate. Desses tratam as leis que já temos. Não debato a violência, as agressões, a imposição de humilhações contra a vontade dos humilhados. Tudo isso é crime e, espero, só é assunto de debate na sala
O tema das praxes académicas tem estado na agenda mediática nos últimos meses, muito em resultado de um gigantesco preconceito e até de uma certa aversão do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que as apelidou de “prática fascizante”.
A Praxe escreve-se com letra grande porque nos engrandece a todos. Aos que praxam, porque se elevam na responsabilidade de acolher os novos colegas; e aos praxados, que crescem nas instituições: no número de amigos, nos seus valores e tradições.
Quando a Democracia escasseia e os mecanismos de participação dos estudantes diminuem, a própria ideia de Política como Vivência Democrática perde o seu significado prático entre os estudantes do Ensino Superior.
Na maioria das vezes, a palavra “inovação” é associada a ideias positivas ou melhorias significativas a diferentes níveis, no entanto nos últimos anos o “Turismo” tem sido responsável pelo surgimento de modelos de negócios disruptivos envoltos em controvérsia, ao ponto de em alguns setores da indúst
Hillary impôs-se no debate: serena, confiante, imperturbável, presidencial. Soube rir e sorrir ao longo dos 90 minutos, ora a desacreditar ora a mostrar-se condescendente com o adversário. Liderou a agenda e dominou os tempos de discussão. Argumentou com consistência, fez o melhor do melhor que sabe
Para os partidos políticos, ganhar as eleições em São Paulo é percorrer metade do caminho para saltos mais grandiosos ao nível nacional. Uma espécie de montra política, mais do que respeitável, quase um MBA. Em Outubro, aproximadamente 6 milhões de eleitores vão definir os vereadores e o novo prefei
“Bandeiras”, “apostas”, “paixões” e “compromissos” é coisa que não nos tem faltado. Uns mais à direita, outros mais à esquerda. Todos a sucederem-se, muitas vezes revertendo os que vinham de trás. O que nunca tivemos foram políticas estáveis que permitam o investimento, o crescimento e a criação de
Son Goku, Tartaruga Genial, Bulma e Vegeta. Bolas de cristal, nuvens mágicas e ressuscitações. Tudo isto faz parte do universo Dragon Ball. Após um interregno, a série de animação está de regresso à SIC, já a partir de amanhã.
Em 1994, ou seja, há 23 anos, uma coincidência profissional levou-me a estar em Paris no dia em que foi lançado em França o disco “O Espírito da Paz”, da Madredeus. A banda liderada por Pedro Ayres Magalhães, e então marcada pela voz de Teresa Salgueiro, fazia sucesso por todo o mundo, e um disco no
Desde o início dos trabalhos da Operação Lava Jato que os seus coordenadores tiveram o cuidado de trabalhar com um olho no conteúdo jurídico das acusações e o outro nas questões políticas associadas. Astuto, o diabo sempre à espreita, sabia que os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) não
Acabo de me aperceber que tenho menos opiniões sobre o mundo do que impaciências. No fundo eu quero é que o mundo se despache, e os meus constantes momentos de silêncio são sobretudo os de uma pessoa que está à espera (por muito que as sobrancelhas insinuem qualquer tipo de reflexão). Ainda agora a
Estamos quase todos à espera e o sentimento é mais de ansiedade, ou até de temor, do que de ilusão e esperança. Nem me refiro ao que se vive dentro de Portugal onde, apesar de tendências para alguma baixeza assaltar o espaço de discussão pública, as tensões dos últimos anos parecem atenuadas. O sobr
Esta semana, na véspera do jogo do Benfica com o Besiktas, o treinador Rui Vitória tinha marcado uma conferência de imprensa para o final da tarde. Eu estava no carro, parado no trânsito, quando liguei o rádio e ouvi o jornalista, que esperava a chegada do técnico, lamentar o atraso no começo da ses
A pedagogia, a pressão e denúncia públicas e a liberdade de escolha dos utilizadores serão, no fim do dia, os meios mais eficazes para prevenir os excessos de zelo e as práticas abusivas das plataformas electrónicas na selecção de informação
Há cidades a que se deseja sempre voltar e Roma é uma delas. Mary Beard, prestigiada especialista em Clássicos da Antiguidade, catedrática em Cambridge, tem escrito livros fascinantes sobre a Roma Antiga que modelou muito da nossa civilização. Ela explica como os pensadores e políticos dessa Roma de
Há um rio, que é o mesmo, mas que os separa. Os que vão à Bela Vista e os que vão à Amora. Dizer de um ou de outro que, de alguma forma, podiam ser uma espécie de Festa do Avante! da burguesia ou de Rock in Rio do proletariado é, provavelmente, uma enorme ofensa para qualquer uma das partes. Com as
Ou muito me engano, ou Álvaro Cunhal deu algumas voltas na tumba no fim‑de‑semana passado. Coerente, firme, implacável, teimoso, julgo acertar se disser que não lhe passaria pela cabeça engolir a "geringonça", obrigando-o - como obrigou Jerónimo de Sousa - a, num único discurso, dizer que sim e que
O deslumbramento por declarações de economistas estrangeiros não faz sentido, sobretudo quando, por regra, esses economistas conhecem o país e a nossa economia muito pior do que os seus colegas portugueses e não têm qualquer capacidade de decisão sobre o país.