• Sou adulto e sou fã de Justin Bieber

    Quando era um miúdo isolado num Alentejo ao qual não voltei mais e passava parte dos dias no quarto a ouvir ininterruptamente discos de Backstreet Boys, Spice Girls e afins, sentia sempre uma certa dose de culpa por ouvir este tipo de pop. Não que tivesse grande consciência de géneros musicais, mas
  • Não vá o optimismo entusiasmar-se…

    Há dias em que, por efeito do sol ou de uma qualquer descarga extra de serotonina pelo corpo fora, acordamos a acreditar que o Mundo, apesar de Trump, é hoje um lugar melhor e mais simpático para viver, e o ser humano tem tendência para se tornar mais civilizado e sensato. Porém…
  • Trompe le monde

    Para as pessoas da minha geração, o Alec Baldwin pode muito bem significar aquele tipo que, no final dos anos 80/início dos 90, era tão bem parecido e sucedido que até conquistou a Kim Basinger. Ou então recordamo-lo como o mais velho de 4 irmãos actores, e o único deles com aparência de ter tido bo
  • A surpresa seguinte

    O Nobel Mario Vargas Llosa é um escritor magistral com notável intervenção cívica e feroz recusa de qualquer forma de ditadura, seja de esquerda ou de direita. É um intransigente defensor da sociedade aberta muito influenciado pelo pensamento liberal de Karl Popper. No seu texto semanal para o El Pa
  • A Internacional Autoritária

    Desde a década de 1960 que se espalhou a sensação maravilhosa de que o mundo só podia progredir socialmente. As democracias tradicionais estavam consolidadas e a aperfeiçoar a igualdade e as oportunidades dos cidadãos. Os regimes autoritários, quer de esquerda, quer de direita, estavam fadados a ser
  • O fim da mediação

    Por estes dias, quando se recordou novamente a tragédia que o ambiente sofreu, ao largo da Galiza, a 13 de novembro de 2002, com o derrame de 77 mil toneladas de crude pelo petroleiro Prestige, recuei por momentos a esses dias e confrontei-me com a evolução do meu olhar, sobre essa notícia, à medida
  • Os Diamantes São Eternos

    É verdade que ele tinha mais de Dustin Hoffman que de Sean Connery, mas durante muito tempo olhei para o Leonard Cohen como uma espécie de James Bond. O espião e o trovador sempre abotoados nas casas certas, sedutores, infalíveis e predestinados a salvar o mundo – no caso do 007, era a salvação cont
  • E agora, segue-se Le Pen?

    Faz sempre bem ouvir os sábios: Zygmunt Bauman, decano dos sociólogos europeus e observador implacável do nosso mundo, analisa na revista italiana L’Espresso a vitória eleitoral de Trump. Assim: diz que “é um sintoma alarmante, reflete o divórcio entre poder e política, do qual resulta um vazio prop
  • A verdade mentirosa dos números

    A história é velha, e sempre igual: eu como uma galinha inteira, o leitor come raspas. Para efeitos estatísticos, cada um de nós comeu meia-galinha… E não consigo deixar de pensar nesta anedota sempre que se publicam estatísticas - talvez a verdade mais mentirosa que a aritmética criou. Nos últimos
  • Who you gonna call?

    Confesso que o único Halloween português que aprecio é um rapper com esse nome, não a festividade. Por isso, se me apanharem a elogiar o Halloween de Odivelas não será como quem fala do Carnaval de Peniche ou das Cavalhadas de Vildemoinhos, mas sim do músico luso-guineense. Concluindo-se que não mor
  • Top 10 de mortes que mais me marcaram no cinema

    As mortes no cinema têm, felizmente, qualidades diferentes da vida real. São ao mesmo tempo menos permanentes – se voltarmos o filme ao começo podemos passar mais algum tempo com a personagem ainda viva – e mais permanentes – sabemos como, quando e onde vão acontecer e em alguns casos a sua memória
  • Desta vez não há American Dream

    Hillary é uma candidata que não entusiasma. Há a ideia de que nunca alguém esteve tão preparado para exercer a presidência, é intelectualmente brilhante, mas desconfia-se dela, sobretudo pela noção de que não passaria no scâner da fiabilidade ética e por histórias de suspeitas de possível conflito d
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