Do “monstro informativo” ao “jornalismo de enlatados”, até à falta de tempo para pensar, ao problema da autoregulação, ao divórcio entre jornalistas e as suas direções, à insustentabilidade do negócio, à precariedade, ao medo, à desigualdade de género… assim vai o estado de alma do setor. Há também
A nossa luta é a da negação do frio. O português continua convencido de que um único aquecedor Efacec de 1983 trará aconchego à sua casa de 100m2 e, confrontado com a infelicidade de possuir uma lareira, procura arranjar as desculpas mais criativas para não ter o trabalho de a acender.
Vou acompanhando, online, o essencial do Congresso dos Jornalistas, e mantenho o que me levou a nem sequer tentar participar no evento - e teria de tentar muito, porque a Comissão Organizadora deixou de fora todos os que, nos últimos anos, deixaram de ter Carteira Profissional…
Passados estes dias em que tudo foi dito, revisto, recuperado, lembrado, a respeito de Mário Soares, a grande lição que temos de tirar é aquela que os historiadores passam a vida a sublinhar e nós, comuns espectadores dos dias que passam, ignoramos olimpicamente: quando queremos ser justos com a His
Há 167 dias, mais de três meses, que o Presidente Eleito dos EUA não dava uma conferência de imprensa. De facto, desde a sua surpreendente vitória ainda não tinha reunido os jornalistas para partilhar ideias e responder a perguntas. Deu algumas entrevistas e diariamente twitava os seus pensamentos,
O último discurso de Barack Obama enquanto presidente dos Estados Unidos da América, proferido há 24 horas, parece mostrar um outro país e não aquele que ficou órfão de sensatez nas mãos de Donald Trump.
O ano novo ainda só tem dez dias e já está a levar-nos tanta gente que faz falta, para além do mais, pelo pensamento inspirador. Dois dias depois de Mário Soares, também Zygmunt Bauman, o professor insaciavelmente curioso que soube como poucos dar-nos a entender o mundo actual que vivemos, em que as
Recordo com saudade aquele célebre debate entre Mário Soares e Álvaro Cunhal, (lembro-me que me deixaram ficar a jogar master-mind até mais tarde) no dia seguinte, na Escola Eugénio dos Santos fui para a rua em todas as aulas, porque sempre que um professor dizia alguma coisa, eu dizia –“olhe que nã
Para entenderes o teu país e o mundo de hoje importa saber de onde vens, como é que chegámos aqui. Porque o mundo está cheio de comentários superficiais com muitas pessoas a pontificar sobre o que não sabem.
Foi sempre senhor de ter coragem, de dizer o que pensava, de fazer o que queria e de chamar as coisas pelos nomes. Enganou-se várias vezes e, na maioria das vezes, admitiu-o, sem pesar. “Olhe que …”. A excepção terá sido os ataques pessoais feitos a Francisco Sá Carneiro e Snu Abecassis, “um peso qu
Não faltará quem faça a biografia de Mário Soares, como não haverá falta dos comentários de ódio e veneração. Indiferença, ninguém sentirá. Figura maior do que a pessoa, é incontornável, não pela opinião que se possa ter sobre ele, mas pelo papel que tem na História de Portugal.
Tinha à minha frente a ultima crónica de Miguel Sousa Tavares no Expresso e estava preso ao destaque que o próprio jornal fez do texto: “As redes sociais são a peste de hoje. O seu veneno espalha-se como a peste, destrói como a peste, mata como a peste”. Não é novo, vindo do Miguel (e salvaguardo qu
Este relato é tão absurdo quanto real. De sábado para domingo, no espaço de 15 segundos, passei de estar sossegado – calado, mãos nos bolsos, olhos no céu - para estar a iniciar um comboio humano que não se coibiu de berrar a clássica “Mamãe eu quero”. Da serenidade à euforia foi necessário apenas
As receitas do turismo na Turquia caíram 37% no espaço de 12 meses (fonte: WTO). É um efeito imediato da insegurança instalada no país que só em 2016 sofreu 19 sangrentos atentados terroristas com grande impacto, cinco deles em Istambul e três em Ankara. São atentados que causaram centenas de mortos
Fazer previsões tornou-se um exercício quase impossível e até Lobsang Rampa e o seu “terceiro olho”, que lhe terá dado poderes de clarividência, teriam dificuldade em antever o futuro. Mas isto não acontece apenas devido à velocidade a que as transformações ocorrem no mundo actual, deve-se à mentira
Ao longo de 2017, vários são os acontecimentos desportivos nos quatro cantos do mundo, durante as quatro estações do ano. Sem recorrer a interpretações ou superstições, olhemos para este ano, desportivamente falando, construído à base do número 4. No futebol, em Portugal e não só, no calendário de e
Este 2017 entra-nos com aviso de safadezas, mas o ano até pode safar-se. A certeza de avanços revolucionários da ciência, designadamente para eliminar doenças, a confiança na efervescência dos criadores culturais e a esperança na energia das pessoas que recusam o fatalismo e fazem o mundo avançar te
Caros leitores: fazer revistas do ano é um mistério no que respeita ao interesse que tem para quem lê. É verdade que chegamos aos últimos dias de dezembro e chovem os balanços, as retrospetivas, os tops mas … será que isso lhe interessa a si? Ou será que é só uma obsessão de calendário dos jornalist
Ao longo dos últimos meses, com as inesperadas mortes que nos apanharam pela frente, com as tragédias (esperadas ou não…) que se abateram um pouco por todo o Mundo, e com surpresas como a eleição de Donald Trump, a ideia mais forte que as redes sociais foram transmitindo - redes quase sempre fracas
O que me proponho de seguida é enumerar 10 personalidades (vivas!) de 2016. Algumas são as mais importantes, outras são as mais importantes no instante em que escrevo; de algumas gosto, outras odeio, outras avizinham-se indiferentes. E para atestar que são marcantes, não vou meditar sequer no assunt
Na gíria futebolística costuma escrever-se que determinada equipa é “jogador x mais dez”. Descodificando a linguagem, tal significa que esse jogador é o tal motor imprescindível na composição do onze inicial sendo que tudo depende da sua ação.