“As sentidas condolências do Presidente foram dirigidas à mulher de Liu Xiaobo, Liu Xia, e à sua mulher e amigos”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.
Os Estados Unidos apelaram ao Governo chinês que deixasse o Prémio Nobel da Paz e ativista pela democracia receber assistência médica num local à sua escolha. Mas a China considera este tipo de pedidos como uma interferência nos seus assuntos e entende que Liu é um criminoso.
O comunicado da Casa Branca não faz qualquer crítica à China ou ao caso de Liu.
Liu Xia continua em prisão domiciliária.
Antes de Trump, a morte de Liu Xiaobo, aos 61 anos, foi assinalada pelo chefe da diplomacia norte-americana, que o recordou como alguém que dedicou a vida à procura da justiça e da liberdade, mas também de um ideal de humanidade.
“Liu Xiaobo dedicou a sua vida ao melhoramento do seu país e da humanidade, e à procura da justiça e da liberdade”, referiu o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, num comunicado, divulgado poucas horas depois do anúncio da morte do dissidente chinês e Nobel da Paz.
Liu Xiaobo, primeiro chinês a ser distinguido com o Nobel da Paz, morreu num hospital de Shenyang, nordeste da China, vítima de cancro do fígado.
O dissidente, que cumpria há mais de oito anos uma pena de 11 por “subversão”, foi libertado condicionalmente no final de maio da prisão, dias depois de lhe ter sido diagnosticado o cancro em fase terminal, e transferido para o hospital.
No mesmo comunicado, o secretário de Estado dos Estados Unidos exortou as autoridades chinesas a libertarem a mulher do dissidente, Liu Xia, colocada em prisão domiciliária pouco tempo depois de Liu Xiaobo ter sido distinguido em 2010 com o Nobel da Paz.
“Exorto o governo chinês a libertar Liu Xia da prisão domiciliária e a permitir que ela possa sair da China, de acordo com o seu desejo”, referiu o representante dos Estados Unidos.
Ainda sobre a “trágica morte” de Liu Xiaobo, o secretário de Estado norte-americano frisou que, ao lutar pela liberdade, igualdade e o direito constitucional na China, o dissidente “incorporou o espírito humano que o Prémio Nobel distingue”.
“Na sua morte, ele apenas reafirmou a escolha do Comité Nobel”, concluiu.
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