Em comunicado, a confederação recomenda “a todas as associações, coletividades e clubes que manifestem a sua solidariedade com a Associação Recreativa e Humanitária de Vila Nova da Rainha”, com os três dias de luto, colocando a bandeira a meia haste e guardando um minuto de silêncio em todas as cerimónias ou reuniões que se realizem entre hoje e quarta-feira.
“De acordo com a Conta Satélite da Economia Social (INE), existem em Portugal mais de 31.000 associações de cultura, recreio e desporto que desenvolvem atividades para todas as idades e em todo o território nacional, desde as maiores cidades aos mais recônditos lugares, envolvendo cerca de 425.000 dirigentes voluntários e benévolos e cerca de três milhões de associados”, refere.
Lembrando o incêndio ocorrido no sábado na associação de Vila Nova da Rainha, onde morreram oito pessoas e 38 ficaram feridas, a confederação sublinha que “a elevada presença de associados e moradores do local é uma constante nestas associações, sobretudo quando estas são o único ponto de encontro e de relação social”.
“Estimamos que, na mesma altura, estivessem milhares de associações com semelhante atividade e envolvessem dezenas de milhares de pessoas por todo o país. O nosso movimento associativo popular é assim mesmo”, realça.
A confederação considera que o associativismo “é seguro” e aproveita para salientar “a importância do papel de sensibilização e formação regular nesta área” que faz junto dos dirigentes associativos.
Ao início da manhã de hoje, a Câmara de Tondela decretou três dias de luto municipal.
“A tragédia ocorrida nesta associação deixou o concelho de Tondela mergulhado num novo sentimento de dor e consternação”, referiu a autarquia, numa alusão também aos incêndios florestais ocorridos há três meses, que percorreram quase 180 quilómetros quadrados do concelho de Tondela, provocando três vítimas mortais (duas diretas e uma indireta) e muita destruição.
O incêndio deflagrou numa altura em que se encontravam mais de 60 pessoas na associação a participar num torneio de sueca.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que visitaram o local, expressaram solidariedade aos familiares das vítimas.
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