O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos e a Administração Nacional Atmosférica e Oceânica (NOAA) afirmaram que a definição de "dano" na Lei de Espécies Ameaçadas (ESA) deveria excluir as "ações que prejudiquem o habitat de espécies protegidas".

A mudança proposta abriria o caminho para atividades humanas em ambientes ecologicamente sensíveis.

Grupos de defesa do meio ambiente alegam que isto permitiria a atividade madeireira, petrolífera e de mineração, entre outras, que destruiriam os ecossistemas de espécies em perigo.

"Durante 50 anos, a ESA salvou da extinção várias espécies, incluindo espécies emblemáticas dos Estados Unidos como a águia-de-cabeça-branca", afirmou a organização ambientalista Earthjustice.

"Uma das chaves do sucesso é a definição de dano, que reconhece o conceito de senso comum de que destruir uma floresta, uma praia, uma margem de rio ou um pântano do qual espécies dependem para sobreviver constitui um dano a essas espécies", acrescentou a organização, que diz estar preparada para recorrer à justiça.

"Simplesmente não há forma de proteger animais e plantas da extinção sem proteger os lugares onde vivem. Mesmo assim, a administração Trump abre as portas para uma destruição descontrolada do habitat", criticou Noah Greenwald, codiretor de espécies em perigo do Centro de Diversidade Biológica.

"Trump tenta passar uma faca no coração da lei de espécies em perigo", acrescentou.

O republicano prometeu, durante a campanha eleitoral, reverter regulamentações ambientais que, na sua opinião, dificultam o desenvolvimento econômico.