
“Infelizmente, temos de informar que, até à data, temos 184 pessoas recuperadas [sem vida], de acordo com o certificado do Inacif [instituto médico forense]”, anunciou, pelas 22:30 de quarta-feira (03:30 de hoje em Lisboa), o diretor do centro de operações de emergência, Juan Manuel Méndez.
Um balanço anterior apontava para 113 vítimas mortais.
Méndez disse que as equipas no local continuam à procura de vítimas e potenciais sobreviventes, embora ninguém tenha sido encontrado com vida desde terça-feira à tarde (horário local).
“Não vamos abandonar ninguém. O nosso trabalho vai continuar”, assegurou.
A tragédia ocorreu na discoteca Jet Set na madrugada de terça-feira, quando estava a atuar o cantor de merengue Rubby Pérez. Segundo o empresário musical Enrique Paulino, que agenciava o artista, Pérez e o saxofonista do grupo estão entre as vítimas mortais.
“É verdade”, declarou Paulino à agência de notícias France-Presse, confirmando a morte do artista de 69 anos, cujo nome completo era Roberto Antonio Pérez Herrera.
Também Nelsy Cruz, a governadora da província de Monte Cristi (no noroeste do país) e irmã do famoso jogador de basebol Nelson Cruz, está entre os mortos do incidente.
Entre os feridos encontra-se o ex-jogador da Major League Baseball [a liga profissional norte-americana de basebol] Octavio Dotel e o legislador Bray Vargas, segundo as autoridades.
A discoteca Jet Set era famosa pelos concertos e festas realizados às segundas-feiras, sendo frequentada por celebridades locais.
As autoridades não informaram quantas pessoas estavam ao certo no interior da discoteca quando ocorreu o desabamento e os motivos que levaram à queda do teto ainda não foram esclarecidos.
O Presidente dominicano, Luis Abinader, já visitou o local para acompanhar os trabalhos e prestar apoio às vítimas.
Por meio de um decreto, Abinader declarou três dias de luto oficial, a terminar hoje, devido à “trágica situação ocorrida”, informou a Presidência dominicana. O decreto ordena que a bandeira nacional seja hasteada a meia haste em instalações militares e edifícios públicos em todo o país.
Vários Governos estrangeiros expressaram publicamente as condolências ao país pela tragédia, como Espanha, Cuba, El Salvador, Panamá e Brasil.
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