“Sobre o resultado das eleições, saibam que eu os entendi. Isto que aconteceu foi pura e exclusivamente minha responsabilidade e da minha equipa do Governo”, declarou o Presidente, antes de anunciar as medidas que se destinam a “17 milhões de trabalhadores e suas famílias”.
Macri admitiu que na sua administração deu preferência às reformas em questões estruturais para ter uma base sólida, mas que depois de ouvir as demandas sociais expressas na votação de domingo, “fará mais do que nunca para seguir acompanhando” o povo “nesse caminho”.
Mauricio Macri obteve apenas 32% na eleição de domingo, enquanto o ‘peronista’ Alberto Fernández alcançou cerca de 48% dos votos.
Das dez listas de candidatos à Presidência, assim como para as listas de candidatos às legislativas – em outubro será renovada metade da Câmara de Deputados e um terço do Senado -, apenas terão acesso às eleições gerais as que receberem pelo menos 1,5% dos votos nestas primárias.
De acordo com as sondagens, em outubro, a escolha dos argentinos vai ser entre a reeleição de Macri ou o regresso da ex-Presidente Cristina Kirchner, agora como vice de Fernández.
O objetivo das denominadas Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO) era que os eleitores escolhessem diretamente os candidatos presentes no escrutínio presidencial de 27 de outubro. Na prática, todos os candidatos foram escolhidos pelos partidos.
A forte derrota eleitoral sofrida pelo Presidente argentino, Mauricio Macri, provocou nos últimos dias uma queda bolsista de quase 38% e uma desvalorização da moeda local (peso) face ao dólar em cerca de 20%.
Depois dos resultados das primárias, os investidores concluíram que Macri, o candidato considerado ‘pró-mercado’, dificilmente recuperará a tempo das eleições presidenciais, marcadas para 27 de outubro.
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