Segundo fontes diplomáticas, os Med5 indicaram, na reunião de embaixadores dos Vinte e Sete em Bruxelas, que algumas das propostas apresentadas pela presidência sueca do Conselho da União Europeia (UE) de um novo Acordo sobre Migrações e Asilo vão na direção certa, mas precisam de ser mais trabalhadas.
Os cinco Estados costeiros do sul do Mediterrâneo sustentaram que há ainda muito a fazer para alcançar um maior equilíbrio entre o princípio da solidariedade e uma justa partilha da responsabilidade sobre migrantes e refugiados que procuram segurança e uma vida melhor na UE.
O debate de hoje centrou-se na proposta da Suécia para definição de quotas nacionais de receção de migrantes para cada Estado-membro e impor um pagamento de 2.000 euros por migrante aos países que se recusarem a aceitá-los ao abrigo do mecanismo de solidariedade.
“Há questões que ainda precisam de ser discutidas, mas existe um claro desejo da parte dos Estados-membros de alcançar um compromisso e prosseguir o debate”, indicaram fontes europeias após a reunião.
Apresentado pela Comissão Europeia em setembro de 2020, o projeto do Novo Acordo sobre Asilo e Migração tem avançado lentamente perante políticas centradas no Estado e a oposição a uma maior solidariedade dos chamados países de Visegrado — Polónia, Hungria, Eslováquia, República Checa -, mas o recente aumento das chegadas por mar, em especial a Itália, voltou a pôr o tema no topo da agenda da UE.
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