Netanyahu “ordenou que a lei da UNRWA, aprovada pelo Knesset [parlamento israelita] com amplo apoio, seja implementada de forma imediata”, disse o gabinete do primeiro-ministro na noite de segunda-feira na rede social X.

De acordo com o comunicado, não existem “quaisquer restrições” à aplicação da ordem de Netanyahu.

A 30 de janeiro, Israel proibiu a UNRWA de continuar a operar em território israelita, incluindo em Jerusalém Oriental, que Israel conquistou na guerra do Médio Oriente de 1967 e anexou à capital, numa ação não reconhecida internacionalmente.

Mas até à data, as escolas, clínicas e centros de formação da agência continuam a funcionar com relativa normalidade.

Além da proibição, o parlamento israelita estabeleceu também uma “lei de não contacto” que impede qualquer agência governamental de cooperar com a UNRWA, pelo que mais de 50 trabalhadores estrangeiros não puderam renovar os vistos.

Há meses que as autoridades israelitas acusam os funcionários da UNRWA de colaborarem com o grupo islamita palestiniano Hamas, embora não tenham sido apresentadas provas.

Em 04 de fevereiro, o Presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu congelar o financiamento da UNRWA, instando-a a “pôr os seus assuntos em ordem”.

Em 07 de outubro de 2023, Israel invadiu Gaza, matando mais de 48.000 pessoas, em resposta a um ataque em solo israelita realizado no mesmo dia pelo Hamas, que matou 1.200 pessoas e fez 251 reféns.

Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo no mês passado.