“O Facebook encontra-se no início de uma jornada para ajudar a construir a próxima plataforma de computação” e “juntamente com outras pessoas e entidades” está “a desenvolver o que é chamado de metaverso: trata-se de um projeto ambicioso que pretende criar espaços virtuais para pessoas que não estão juntas fisicamente se reunirem, através da utilização de tecnologias como a realidade virtual e aumentada”.
No centro do metaverso, explica a rede social, “está a ideia de que, ao criar um maior senso de ‘presença virtual’, a interação ‘online’ pode tornar-se muito mais próxima da experiência de interação pessoal”.
Para a rede social, o metaverso “tem o potencial de ajudar a desbloquear o acesso a novas oportunidades criativas, sociais e económicas” e o Facebook acredita que os europeus vão moldar o metaverso desde o início.
“Nenhuma empresa será proprietária e operará o metaverso”, acrescenta, adiantando que, “tal como a Internet, a sua principal característica será a sua abertura e interoperabilidade”.
Dar vida a isso “irá exigir colaboração e cooperação entre empresas, ‘developers’, criadores e legisladores” e para a rede social irá também exigir “um investimento contínuo em produto e talento tecnológico, bem como no crescimento em toda a empresa”.
Por isso, “hoje anunciamos um plano para criar 10.000 novos empregos altamente qualificados na União Europeia (UE) nos próximos cinco anos”, afirma Javier Olivan, vice-presidente para área de ‘central product services’ do Facebook, na publicação sobre o anúncio.
“Este investimento é um voto de confiança na indústria tecnológica europeia e no potencial do talento tecnológico europeu”, salienta.
A rede social salienta que a Europa é “extremamente importante” para a empresa e “este é um momento emocionante para a tecnologia europeia”.
O Facebook salienta que a UE tem “uma série de vantagens que a tornam num ótimo lugar para as empresas de tecnologia investirem — um grande mercado de consumo, universidades de topo e, principalmente, talentos de alta qualidade”.
Aponta que as empresas europeias “estão na vanguarda de vários campos, seja a biotecnologia, alemã que ajudou a desenvolver a primeira vacina MRNA, ou a coligação de neobancos europeus que lideram o futuro das finanças”.
Por exemplo, “Espanha conta com níveis recorde de investimento em ‘startups’ que tudo resolvem, desde a entrega ‘online’ de mercearia à neuroeletrónica, enquanto a Suécia caminha para se tornar na primeira sociedade do mundo sem dinheiro em 2023”, exemplifica.
“Há muito tempo que o Facebook acredita que o talento europeu é líder mundial e é por isso que investiu tanto nele ao longo dos anos — desde o financiamento de bolsas na Universidade Técnica de Munique até à abertura do seu primeiro grande laboratório europeu de pesquisa de IA e programa acelerador FAIR em França, e à estreia do escritório do Facebook Reality Labs em Cork”, recorda a rede social.
O Facebook salienta também que a UE tem um “papel importante a desempenhar na definição das novas regras da Internet” e que os legisladores europeus “estão a liderar o caminho para ajudar a incorporar valores europeus como a liberdade de expressão, privacidade, transparência e os direitos dos indivíduos no trabalho diário da Internet”.
A rede social diz que “partilha desses valores e realizou medidas consideráveis ao longo dos anos para defendê-los”, esperando “ver a conclusão do Mercado Único Digital para apoiar as vantagens existentes na Europa, bem como a estabilidade dos fluxos de dados internacionais, que são essenciais para uma economia digital próspera”.
Destacando como urgente a necessidade de engenheiros altamente especializados, o Facebook afirma-se “ansioso para trabalhar com governos em toda a União Europeia de forma a encontrar as pessoas certas e os mercados certos para levar isso adiante, como parte de um próximo esforço de recrutamento em toda a região”.
Comentários