"O Egito afirma que essas medidas são uma violação flagrante do acordo de cessar-fogo", diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do país árabe, que acusa Israel de usar a fome como "arma contra o povo palestino".

Ao anunciar cedo neste domingo que bloquearia a entrada de todos os bens e suprimentos a Gaza, Israel advertiu para "consequências adicionais" se o Hamas não aceitar estender a primeira fase do cessar-fogo.

O Hamas, por sua vez, acusou Israel de tentar minar a trégua, que entrou em vigor a 19 de janeiro e foi mantida em grande medida, apesar das acusações mútuas de violações e da falta de acordo sobre as suas próximas fases.

O ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelatty, já tinha referido que "não há alternativa à implementação fiel e total, por todas as partes, do que foi assinado em janeiro". O progresso é possível "se estão presentes a boa-vontade e a vontade política".

O Egito será o anfitrião de uma reunião de ministros das Relações Exteriores árabes esta segunda-feira, antes de uma cimeira na terça na qual os líderes árabes vão discutir um plano de reconstrução para Gaza.

Um comunicado do Ministério de Relações Exteriores da Jordânia também classificou a decisão israelita como uma "violação flagrante" dos acordos e pediu a Israel que deixe de utilizar a "fome como arma contra os palestinos e os inocentes".

Além disso, a Jordânia advertiu que o bloqueio israelense poderia "fazer a situação explodir novamente" no território palestino.