Dois elementos da Polícia Marítima ficaram feridos depois de a embarcação em que seguiam ter sido abalroada com “violência” por outra embarcação, ao largo da costa algarvia, numa operação ao combate de tráfico de droga, foi hoje divulgado.
Em comunicado, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) adianta que, durante a operação, foi detetada uma primeira embarcação de alta velocidade, com três tripulantes, suspeita de estar ligada ao tráfico de droga, tendo sido efetuada “com sucesso” uma abordagem à embarcação suspeita e detidos os três tripulantes.
Entretanto, foi detetada "uma segunda embarcação de alta velocidade que se encontrava a largar diversos fardos de estupefacientes para a água", mas os tripulantes, ao aperceberem-se da presença das autoridades, abalroaram “propositadamente” uma das embarcações da Polícia Marítima.
“A embarcação abalroou com tal violência que passou por cima desta de um bordo ao outro, danificando a embarcação da Polícia Marítima, colocando em risco a vida dos agentes que, felizmente, escaparam com ferimentos”, refere, acrescentando que, mesmo com “dois elementos feridos e outros dois caídos na água”, a Polícia Marítima conseguiu reagir e dar o alerta.
Não tendo sucesso, os tripulantes da segunda embarcação fugiram e os elementos da Polícia Marítima foram resgatados e transportados, "estáveis e livres de perigo", por uma aeronave da Força Aérea Portuguesa para uma unidade hospitalar, conclui.
Os fardos de droga recolhidos na operação conjunta da Polícia Marítima e da Marinha Portuguesa serão posteriormente entregues à Polícia Judiciária, bem como os três homens detidos.
Segundo a Autoridade Marítima, nos últimos “dois meses tem-se assistido a um maior grau de violência nas reações dos traficantes”, sendo este o segundo caso envolvendo embarcações das autoridades registado no Algarve nas últimas duas semanas.
No final de janeiro, uma embarcação da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) ficou danificada durante uma perseguição a duas embarcações de alta velocidade, junto à ilha da Armona, em Olhão, no distrito de Faro.
Segundo as autoridades, apesar de não terem sofrido ferimentos, os militares da UCC tiveram de ser socorridos após a embarcação ter sofrido danos estruturais, não tendo, por isso, conseguido prosseguir com a operação.
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