No sábado, três dias antes da reunião, Mitsotakis afirmou a um canal de televisão do seu país, ANT1, que está "firmemente convencido de que os frisos serão devolvidos. As conversações com o Museu Britânico continuam".
Uma semana antes, o primeiro-ministro grego recordou na CNN que a recuperação dos frisos, sob o poder do Museu Britânico desde 1816, têm um lugar especial na sua agenda.
As negociações para tentar encontrar uma saída para uma disputa histórica que envenenou as relações bilaterais durante décadas "não envolvem o governo do Reino Unido, e sim o Museu Britânico", insistiu o primeiro-ministro conservador grego no sábado na sua entrevista ao ANT1.
A questão dos mármores "será obviamente um dos temas da reunião bilateral" com Keir Starmer, disse o porta-voz do governo grego, Pavlos Marinakis.
Por sua vez, o governo britânico observou que os frisos do Partenon "não estão na agenda do primeiro-ministro" Keir Starmer no seu encontro com Mitsotakis.
"O encontro concentrar-se-á em apoiar a Ucrânia e na necessidade urgente de um cessar-fogo em Gaza", disse o porta-voz do primeiro-ministro britânico.
"A nossa posição sobre os mármores do Partenon não mudou", completou o porta-voz, acrescentando que este assunto continua a ser "responsabilidade do Museu Britânico".
A Grécia está determinada em recuperar o seu património e o ministro das Relações Internacionais, Yiorgos Gerapetritis, teve "reuniões privadas" com funcionários do Museu Britânico, incluindo seu diretor, George Osborne, "duas ou três vezes" este ano, segundo a rede de televisão Sky News.
As conversações estão "muito avançadas", segundo o jornal The Guardian, que citou fontes próximas às negociações. O acordo consistiria numa parceria cultural que faria com que os frisos de 75 metros fossem devolvidos a Atenas, em troca do envio de outras obras de renome para Londres.
O novo Museu da Acrópole, inaugurado em 2009, tem um lugar reservado para os frisos que estão em Londres.
O Partenon, um templo construído no topo da Acrópole no século V a.C. em homenagem à deusa Atena, foi parcialmente destruído em 1687, durante a Guerra Moreana, entre o Império Otomano e a República de Veneza, e depois sofreu saques.
Partes do templo são exibidas em vários museus por todo o mundo.
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