A utilização do mais emblemático monumento da Grécia antiga para fins comerciais provocou uma onda de indignação no país e levou o Ministério da Cultura a atuar judicialmente, conta o The Guardian.

Assim, foi apresentada uma queixa judicial contra “todos os responsáveis”, alegando que o anúncio constitui uma exploração comercial de um monumento protegido pela legislação nacional e reconhecido como Património Mundial pela UNESCO. A ministra da Cultura sublinhou que o uso da Acrópole como pano de fundo viola as rigorosas leis arqueológicas do país, desenhadas para preservar o seu património histórico.

"É como se a Adidas tivesse chutado a Acrópole", disse Lina Mendoni.

A performance, realizada na passada quinta-feira à noite, terá tido origem no edifício neoclássico do Zappeion, em pleno centro de Atenas. Este espaço é gerido por uma comissão estatal sob tutela do Ministério da Economia Nacional, o que levantou questões adicionais.

Em resposta à polémica crescente, alimentada pela divulgação das imagens nas redes sociais, a Adidas declarou que seguiu rigorosamente toda a legislação grega. “Foram obtidas e respeitadas todas as autorizações necessárias”, afirmou a empresa num comunicado. Acrescentou ainda que “nenhuma imagem da Acrópole foi usada para fins publicitários”.

Apesar desta justificação, a Procuradoria de Atenas abriu uma investigação para apurar como foram emitidas as licenças para o espetáculo de drones.