A peça vai ser apresentada, às 21:30, nos Antigos Celeiros da EPAC, onde estará em cena até ao dia 24 (aos domingos as sessões são às 16:00), divulgou hoje, em comunicado, a bruxa Teatro, de Évora.
A seguir, a criação conjunta segue para o Teatro Municipal da Covilhã (Castelo Branco), ‘casa’ da ASTA, para ser apresentada entre os dias 27 e 29 deste mês.
Segundo a Bruxa Teatro, a estreia do espetáculo coincide com as comemorações do centenário do nascimento de Eduardo Lourenço (1923-2023), iniciadas no ano passado e que terminam a 23 de maio deste ano.
“O Esplendor do Caos”, a partir da obra homónima deste “vulto maior da cultura portuguesa contemporânea”, tem dramaturgia e direção de Marco Ferreira.
O livro, segundo o grupo teatral, foi uma “obra singular escrita nos anos 90 do século passado” por Eduardo Lourenço e serve como mote para este “espetáculo vibrante, fragmentado, onde se cruzam linguagens, temas, reflexões e imaginações”.
E que conduzem o público “por um labirinto surpreendente em torno da pergunta ‘Que caos é este que habitamos?’”, acrescentou.
De acordo com a sinopse do espetáculo, “a humanidade está mergulhada num caos. O mundo chegou a um ponto onde o horror se tornou invisível”.
Ao longo dos tempos, “a ordem tem transformado o caos em cosmos, permitindo os vários ciclos da vida universal. Do nada se faz nova luz. Mas o que é o nada? É só a não-luz de uma luz que não teve começo nem fim ou aquilo onde tão festivamente estamos”.
E pode-se “discutir se a desordem em que estamos mergulhados desde a economia até à ética releva ou não do conceito de caos”, mas, “do que não há dúvidas, é de que o habitamos como se fosse o próprio esplendor”, é referido na sinopse.
A peça criada pelas duas companhias, com coprodução das câmaras de Évora e da Covilhã, é interpretada por Carmo Teixeira, Danilsa Gonçalves, e Elsa Pinho.
Para sexta-feira, às 17:30, igualmente nos Antigos Celeiros da EPAC, está ainda agendada uma conversa em torno da vida e obra de Eduardo Lourenço e do processo de criação artística e adaptação da obra “O Esplendor do Caos”.
A sessão vai contar com João Tiago Lima (Universidade de Évora), António Guerreiro (Jornal Público) e Marco Ferreira (dramaturgia e direção do espetáculo).
Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta e interventor cívico, Eduardo Lourenço nasceu em São Pedro de Rio Seco, concelho de Almeida, distrito da Guarda, em 23 de maio de 1923, e morreu em Lisboa, no dia 01 de dezembro de 2020.
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