"Lembremo-nos que a literatura, porque se dirige ao coração, à inteligência, à imaginação e até aos sentidos, toma o homem por todos os lados; toca por isso em todos os interesses, todas as ideias, todos os sentimentos".
A frase é de Antero de Quental e uma das centenas que habitam em citador.pt, o "maior site de citações, textos e poemas genuínos e devidamente recenseados em língua portuguesa".
O projeto, desenvolvido por Paulo Neves da Silva, foi iniciado em 2000 e, ao longo dos anos, também vários livros foram publicados tendo por base a recolha de pedaços de literatura.
Quando lhe perguntamos pelas "pedras no caminho" daqueles que já foram apanhados a citar erradamente alguém, explica-nos por que razão há tanta frase mal atribuída por aí — e não omite que também ele "tropeçou" algures nos primeiros tempos do Citador.
Numa mistura de paixões, o responsável pelo Citador conta em entrevista ao SAPO24 que o site quer "despertar o interesse" para obras literárias. E numa altura em que o digital se impõe, a preferência por "citações e pequenos textos em relação ao livro" pode ser uma forma de não deixar morrer a literatura.
Afinal, se Fernando Pessoa escreveu que "a literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida", Paulo Neves da Silva não hesita em dizer que esta serve, sim, para se refletir sobre tudo o que se passa no mundo. Da ficção à filosofia, vale tudo.
O Paulo é licenciado em Matemáticas Aplicadas e exerce a sua atividade profissional na área do desenvolvimento de software. E tem este projeto do Citador. Em jeito de provocação, começo por perguntar: o que pesa mais, números ou letras?
Não sei se lhe consigo responder a isso [risos]. São as duas coisas importantes e em simultâneo. Digamos que o Citador até é o conciliar das duas coisas. Trabalho na área de desenvolvimento de software, mas gosto muito de literatura e filosofia e a ideia foi juntar as duas coisas, aproveitando tudo aquilo que lia e as ideias que fui recolhendo para partilhar com um público mais vasto.
Como surgiu a ideia de criar o site citador.pt?
Começou há já mais de 20 anos. Eu era uma pessoa que lia bastante — agora por acaso nem tanto —, e a partir de determinada altura comecei a perceber que havia coisas muito interessantes. Como todos sabemos, é impossível lermos tudo aquilo que existe, lemos apenas uma fração muito pequena e de certeza que existem determinados trechos com ideias interessantes que se leem num livro que outra pessoa, por mais que leia, não chega lá. E eu pensava que era interessante poder partilhar com outras pessoas, para poderem ler e refletir. Foi a partir daí. Como desenvolvo software, surgiu a ideia de criar um site para partilhar estes textos. Às vezes são mais do que citações, há textos mais longos. Existem muitos sites de citações e, embora tivesse começado um pouco por aí, até por uma questão de diferenciação, comecei com a partilha de pequenos textos que podem ser tirados do contexto dos livros onde estão e que lidos assim fazem refletir.
Numa segunda fase, comecei a pesquisar sobre poemas. Percebi que havia essa necessidade: uma pessoa quer um poema sobre determinado tema e nem sempre encontra. Há muitos sites de poemas aí pela internet, há pessoas que partilham poemas de forma desorganizada. Há quase 20 anos, fiz uma colectânea. A partir de uma biblioteca, fui desde A a Z analisar todas as obras de poesia que existiam e retirei os poemas que para mim fazia sentido estarem numa antologia temática e representativa dos nossos melhores poetas. Fiz isto durante dois a três anos e é das secções mais acedidas do Citador. É uma antologia bastante rica.
"Uma pessoa quando está a ler um livro deixa-se mergulhar dentro de um universo"
Qual o processo de recolha de citações?
Tem sido maioritariamente trabalho meu. Comecei a fazer a recolha de forma espontânea, no início, [os excertos eram selecionados] quando lia certos livros e via que havia lá excertos interessantes para partilhar e que podiam ser lidos por si próprios. Mas conforme as coisas foram começando a ganhar corpo, ao nível de começar a ter bastantes textos, pensei que havia determinados autores que se calhar não teria tempo de ler ou que não me sentiria tão atraído por eles, mas que complementariam muito outros — quer a nível de literatura, quer a nível de filosofia. O que começou a acontecer foi começar a analisar determinadas obras, mas já no sentido de ir buscar citações e textos com esse objetivo de serem partilhadas.
São duas tarefas distintas, eu não consigo fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Eu posso estar a ler e a desfrutar de um livro, mas se estiver ao mesmo tempo numa perspetiva de estar a tirar textos e citações já não consigo desfrutar tão bem. Uma pessoa quando está a ler um livro deixa-se mergulhar dentro de um universo. Se estiver a desfrutar, de certeza que não consegue tirar tantas citações e textos do que como se for objetivamente fazer isso. Com a minha experiência, chego a um ponto em que me parece que determinado livro pode ser interessante e basta folheá-lo e ver que pode estar ali uma ou outra coisa interessante. Pego nele e, com uma leitura na diagonal — mas já com experiência analítica —, consigo rapidamente ver logo todas as frases ou pequenos textos que podem ser interessantes para extrair desse livro e que valem por si.
No top que apresenta no site, surgem Fernando Pessoa, Eça de Queiroz e Florbela Espanca nos primeiros lugares. Qual acha que é a justificação para esta maior procura?
Esses autores também estão aí principalmente porque fiz livros de citações sobre eles e ganham outro destaque. Evidentemente, Florbela e Fernando Pessoa são dos principais autores mais pesquisados no Citador. Uma atividade está ligada à outra. Os livros que publiquei começaram por abordar os autores que eram mais procurados dentro do site e há também autores que, existindo pouca coisa sobre eles na internet, têm de facto frases, textos ou pensamentos que eram bastante atrativos para serem lidos sem que se conhecesse assim tanto a obra deles, como é o caso de Agostinho da Silva. Fiz o livro sobre ele já há cerca de 12 anos e teve bastante sucesso, teve muitas edições e continua a ter ainda umas vendas razoáveis passado esse tempo.
"Saramago põe as coisas de uma forma que leva as pessoas, independentemente de estarem de acordo ou não, a apreciarem o que escreve"
Mais para baixo vem José Saramago, o nosso único Nobel da Literatura. Acha que ainda há algum preconceito face aos livros e temas abordados pelo autor?
Acho que o facto de ele estar ligado a um determinado tipo de ideologia talvez ainda origine algum preconceito. Mas a nível de literatura para quem aprecia mesmo literatura, essa ligação não é travão para que se leia. Embora na obra a sua ideologia passe um pouco de forma indelével, não é o suficiente para fazer com que uma pessoa que não concorde com isso não o leia. Ele põe as coisas de uma forma que leva as pessoas, independentemente de estarem de acordo ou não, a apreciarem o que escreve. Mesmo que não concordem, ele leva, no meu ponto de vista, as pessoas a refletirem um bocado sobre o que ali está, nem que seja para depois pensarem de forma contrária. Leva a que cada pessoa tenha uma dialética consigo própria e com aquilo que o autor está a transmitir. Independentemente da ideologia, há muitas coisas de Saramago e dos valores que ele preconiza que podem ser lidos fora do que ele professa.
Lançou agora um livro com citações e pensamentos de Saramago, que se junta a outros 19 do mesmo género, sobre diferentes autores.
Já há alguns anos que queria fazer este livro de citações do Saramago, só que precisava, evidentemente, da aprovação dos herdeiros e da Fundação José Saramago, que ainda não tinha conseguido. Mas agora através da Bertrand consegui, também precisamente por a obra ter passado para a Porto Editora. Consegui fazer o contacto com este editor que gostou da ideia e foi-se em frente com o projeto.
Qual o maior desafio nesta recolha?
Embora seja um leitor de Saramago — antes de fazer o livro já tinha lido metade da sua obra de ficção e já tinha retirado muitos textos e citações das suas crónicas, de forma um pouco avulsa —, o meu receio maior prendia-se com o conseguir tirar material que justificasse, a partir da obra de ficção. Eu sempre li Saramago mais do ponto de vista de desfrutar do que propriamente para lá ir buscar citações. Tinha medo que a ficção não tivesse sumo suficiente para fazer um livro destes e de facto essa tarefa surpreendeu-me. Quando comecei a pegar nos livros já nesta perspetiva de ir buscar, de forma analítica, textos e citações, fiquei agradavelmente surpreendido com o que fui encontrando.
Primeiro fui passando pelos livros que conhecia melhor — Memorial do Convento, O Ano da Morte de Ricardo Reis, entre outros — e vi que estavam recheados de boas frases, de boas citações. Por outro lado, isto fez-me também ir a outros livros que ainda não tinha lido, por um lado por questão de oportunidade e por outro por serem títulos que pensei que não eram tão interessantes. Há um deles de que gostei imenso, que mostra uma faceta mais intimista do próprio Saramago, o Manual de Pintura e Caligrafia. É um livro surpreendente e estava nessa lista de títulos que tinha deixado de lado. A meu ver, em toda a obra Saramago escusa-se muito de falar sobre si próprio, sobre a sua personalidade, como a maioria dos autores fazem de forma às vezes até inconsciente. Ele também o faz, mas de uma forma tão escondida que não se consegue ver bem. No Manual de Pintura e Caligrafia isso é, para mim, um pouco mais evidente. Há elementos mais autobiográficos a vir ao de cima. Uma coisa que admiro bastante no Saramago é conseguir escrever passando as suas ideias, aquilo que critica, aquilo que vê no mundo, sem o tornar demasiado pessoal e sem roçar mesmo que inconscientemente a sua autobiografia.
"A primeira preocupação é retirar [a citação] de forma a despertar o interesse para que a pessoa possa vir a adquirir e a ler a obra"
Escreveu na introdução do livro que este pretende ser mais uma porta de entrada para a obra do escritor. No fundo também é esta a função das citações.
É verdade. Quando faço esta recolha e esta divulgação, faço-a com vários propósitos. O primeiro é deixar ali coisas para que as pessoas possam refletir sobre elas, não tanto na perspetiva de 'isto é assim porque este disse assim', mas para se pensar sobre isso. E tanto assim é que eu não sei nenhuma citação de cor. Se me pedir uma, eu não sei. Porque elas servem para refletir, para ler sobre determinado tema em vários autores. Acho interessante tomar as citações desta forma, os textos ainda muito mais. Mas isto também faz, evidentemente, com que as pessoas se sintam atraídas para depois lerem sobre esse autor.
Tenho vários episódios de autores que já me têm agradecido pela divulgação que estou a fazer da sua obra. Um deles disse-me até que chegou a ir a escolas e que estão lá estudantes que o conheceram pelo Citador e que a partir daí despertou a curiosidade. Há textos que lá estão que, se uma pessoa não conhecer o escritor, fica logo interessado em conhecer. No fundo, é um tipo de divulgação. Quando vou a algum livro buscar determinado texto, a primeira preocupação é retirar de forma a despertar o interesse para que a pessoa possa vir a adquirir e a ler a obra. Nunca é para estar ali a colocar a obra toda para as pessoas lerem e já não precisarem de ler mais. Nada disso, é mesmo para levar as pessoas a aproximarem-se do autor.
Há previsões para um próximo livro?
Há, mas ainda não posso dizer [risos]. Eu estive muitos anos a trabalhar com a Leya, com a qual fiz bastantes livros — a coleção de citações e pensamentos —, mas de facto os últimos autores já não viram um interesse tão grande do mercado. Foi o caso dos livros com trechos de Camilo Castelo Branco, Bocage. Isso esfriou um bocadinho o interesse de publicar mais, mas agora com a Bertrand estamos a explorar novas ideias.
Estará na altura de abrir esta recolha de citações a autores portugueses contemporâneos? Em vez de ser uma recolha mais a olhar para o passado, ser uma colectânea do que se escreve hoje em dia em Portugal.
Sim, sim. É isso mesmo, mas parte muito do que for possível fazer com a autorização desses mesmos autores. Estamos em contacto com autores com os quais eu precisaria de falar para poder publicar livros, porque há a questão dos direitos de autor, mas há perspetiva de se publicar algumas coisas muito interessantes.
"Tudo o que aparece no Citador só entra depois de verificar que realmente é verdadeiro"
Há um tema incontornável quando se fala de citações: as que são mal atribuídas. Recordo-me, por exemplo, das ‘pedras no caminho’, atribuída a Fernando Pessoa.
Quando iniciei o Citador, para começar a ter algum conteúdo, via sites na internet com conteúdos deste tipo. Como o que recolhia diretamente ainda era muito pouco, recorri a alguns livros de citações que já estavam publicados no mercado, alguns deles de referência. Houve então uma seleção e recolha a partir desses, mas na altura, como eu também ainda não estava bem dentro desta temática, via o que o autores desses livros recolheram. De uma forma quase ingénua — não me ocorre outra palavra —, recorri a esses livros e fui tirando citações para o site, assumindo que estariam todas corretas. Mas realmente ao fim de algum tempo, nos primeiros anos, comecei a aperceber-me que havia citações ali que não estavam corretas e fui retirando.
Eventualmente esta de que fala até lá esteve [risos], mas a partir de determinada altura passei a assumir que tudo o que aparece no Citador só entra depois de verificar que realmente é verdadeiro. A partir daí, as citações vêm da recolha que é feita nos próprios livros dos autores, com a fonte de referência de onde foram retiradas. Mas também assumo que ainda possa haver alguma mal atribuída de que eu não tenha conhecimento. Contudo, na secção dos textos e dos poemas é 100% garantido que é tudo daquele autor, é tudo genuíno. Até no próprio site temos uma caixa que diz isso mesmo.
O que leva a estas más atribuições?
O que acontece é que a maioria dos sites de citações que existem vivem à custa de contributos de pessoas que se registam no site e colocam lá para dentro o que querem, sem verificação. Outra coisa que acontece ainda é que os sites se copiam uns aos outros. Os conteúdos do Citador estão todos — principalmente as citações, os textos e poemas nem tanto — replicados noutros grandes sites que andam por aí. Há outros sites que têm programadores que utilizam uma técnica de scraping, que é desenvolver um motor informático que aponta para um site e consegue varrer o site todo. Sabem, através do html, onde está cada citação, recolhem todas e injetam-nas logo diretamente na base de dados. Ora bem, que credibilidade é que podem ter os sites que fazem isso?
Por exemplo, da Clarice Lispector é uma coisa terrível. É uma autora de que eu gosto imenso e tenho feito recolha sempre diretamente dos seus livros, quer de ficção, quer das crónicas. Tem sempre referência de onde é, de onde foi retirado. Mas ela, para além da parte da ficção e das crónicas num jornal do Brasil, escreveu durante uns tempos crónicas para uma revista feminina. Tinha coisas, digamos, mais terra-a-terra. E há muita coisa que aparece na internet que é um bocado tirada daí ou um bocado inventada a partir daí. É por isso que existem tantas citações erradas da Clarice Lispector na internet.
"Prefiro ter uma base com menos autores, menos conteúdos, mas todos serem carimbados com qualidade"
No fundo, a resolução passa mesmo por ir beber diretamente à fonte.
Exato, é por isso que no Citador eu nunca aceitei ter utilizadores registados a colocarem lá citações. É claro que o projeto sofre com isso, porque há sites com muito mais visitas do que o Citador, mas esses sites estão completamente infetados. Prefiro ter uma base com menos autores, menos conteúdos, mas todos serem carimbados com qualidade.
Numa época digital — e tendo o Paulo esta área também na sua vida —, como vê o futuro da literatura?
Isto é daquelas perguntas... O problema que está a acontecer de forma cada vez mais forte — e que vemos nas gerações mais novas — é que de facto cada vez mais as pessoas vivem as coisas de uma forma mais imediata e mediática, o que leva a que tenham cada vez menos paciência para procurar literatura. Preferem ver um filme, ouvir música, coisas mais pequenas. E se calhar isto leva a que prefiram mais citações e pequenos textos em relação ao livro. Mas é tão grave, porque muitas destas coisas na literatura levam as pessoas a pensar e parece que cada vez menos gostam de pensar, de refletir. Querem tudo de uma forma mais emocional e que faça sentido para praticar naquele momento.
Nesse aspeto, acho que a literatura está a passar um mau bocado. Nós vemos nas livrarias o tipo de livros que mais se vendem, não é? Não estou aqui a criticar os autores que os criam, porque para haver esses livros é porque há um público que quer ler aquelas coisas, por isso esses escritores estão ali para ir ao encontro desse público. Mas isso dá por manifesto, cada vez mais, que os leitores querem coisas imediatas e não que façam refletir. Os incentivos que existem para a pessoa consumir são cada vez maiores, potenciados pela internet e pelas redes sociais, e cada vez as pessoas têm menos paciência para pegar numa coisa para desfrutar com calma, com paciência. Até a questão do YouTube: se o conteúdo tiver mais de dois ou três minutos, ninguém tem paciência, já não vai ver aquilo. Depois apareceram coisas como o Instagram e o TikTok, para consumo imediato. Nesse sentido, a literatura — pelo menos neste momento, porque eu acho que isto é uma fase que depois vai ser ultrapassada — está a passar um muito, muito, muito mau bocado.
"Gosto mais daquela literatura mais reflexiva, o que até faz sentido para aquilo que tenho vindo a construir"
Podemos dizer, com base no que referiu, que o Citador é uma forma de não deixar morrer a literatura.
Sim, sem dúvida. É também por essa razão que se pode ver no Citador autores, digamos, dessa literatura um pouco mais imediata. Estão lá precisamente porque a ideia foi chamar as pessoas que gostam desses autores para verem essas coisas, mas como existe uma classificação temática acabam por ver outras. Por exemplo, se estiverem a ver uma coisa sobre 'amor' de um determinado autor de que gostam muito, vão ler também coisas de outros autores, no mesmo tema, que são muito interessantes. É preciso também fazer essa ponte.
Sei que há pouco me disse que não sabe citações de cor, mas tem alguma que considere como a sua favorita?
Não [risos]! Não tenho mesmo, a sério. Evidentemente que existem autores preferidos, mas deve-se mais a um gosto pessoal. Nunca posso dizer — nem acho que alguém possa — que um autor é melhor do que outro, até porque cada um tem a sua própria visão da vida e do universo. A mestria de cada autor é, de facto, conseguir transmitir determinada coisa da forma como observa o mundo, com a sua linguagem particular que conseguiu construir. Isso é maravilhoso. E por essa razão eu não consigo nunca decorar citações. Gosto mais daquela literatura mais reflexiva, o que até faz sentido para aquilo que tenho vindo a construir. Como autores preferidos tenho Dostoiévski, Vergílio Ferreira... mas também tenho outros, porque estes andam à roda também de outros. Por exemplo, o Dostoiévski e o Tolstoi criaram uma literatura no final do século XIX que foi um marco para outros autores que depois se alicerçaram naquilo que conseguiram. O Kafka e até mesmo o Freud leram muito Dostoiévski. Estamos a falar de autores de literatura, mas também de autores de filosofia.
Tão complicado quanto perguntar a um leitor qual é o seu livro favorito.
É, exatamente [risos]! É isso mesmo.
Comentários