O plano passa por uma alteração na pesquisa que é feita no motor de busca. Assim, se uma pessoa fizer uma pesquisa no sentido da radicalização, o Google vai mostrar o resultado oposto. A busca será sustentada pela publicidade AdWords, ao invés dos resultados que deviam aparecer, segundo Anthony House, da Google.
O anúncio foi feito perante uma comissão de deputados britânicos que estão "a trabalhar em contranarrativas em todo o mundo". "Este ano, estamos a trabalhar em dois programas-piloto", afirmou House, citado pelo The Telegraph.
A ideia deste plano é diminuir a influência que o Estado Islâmico (EI) tem na Internet e potenciar a divulgação de informação positiva. "Devemos deitar abaixo as coisas más, mas também é extremamente importante que as pessoas sejam capazes de encontrar boa informação quando se sentem mais isoladas e entram online, que encontrem uma comunidade de esperança e não uma comunidade prejudicial", explicou ainda House.
Mas a Google não está sozinha neste projeto, que conta ainda com a parceria do Facebook e do Twitter. Segundo o The Guardian, as três companhias foram desafiadas por uma comissão de deputados britânicos a estender a sua influência na Internet de uma forma positiva na vida das pessoas, ao mesmo tempo que combatem a propaganda do EI para recrutar membros.
Simon Milner, do Facebook, afirmou que esta rede social tornou-se um "local hostil" para o EI. No entanto, fez a ressalva de que "manter as pessoas em segurança é a nossa prioridade número um". "O EI é uma parte, mas não é absolutamente a única organização extremista ou tipo de comportamento com o qual nos preocupamos", afirmou, citado pelo The Guardian.
Milner alertou ainda, segundo informações do Facebook, que as pessoas não se radicalizam exclusivamente online, mas sim graças a uma combinação entre a Internet e o contacto com o meio ambiente em que estão inseridas. Desta forma, o responsável da rede social afirmou que estão a trabalhar com grupos da sociedade, como por exemplo, Imãs.
Segundo o The Telegraph, Anthony House revelou ainda que já foram removidos, desde 2014, cerca de 14 milhões de vídeos do Youtube, por terrorismo ou outra quebra das regras desta rede. Por seu lado, os responsáveis do Twitter revelaram que já fecharam milhares de contas com conteúdos extremistas nos últimos 12 meses.
O The Guardian avança ainda que nesta rede social com mais de 320 mil utilizadores mundiais, há mais de 100 pessoas alocadas a este projeto, enquanto que os responsáveis do Google e do Facebook não avançaram números.
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