A Rússia manifestou hoje “grande preocupação” com a decisão dos Estados Unidos de colocar 8.500 militares em “alerta máximo” para um possível destacamento na Europa de Leste devido à escalada de tensões sobre a Ucrânia.
Os líderes dos Estados Unidos e de vários países europeus reafirmaram esta segunda-feira, durante uma videoconferência, o seu apoio “sem reservas” à integridade territorial da Ucrânia e prometeram “consequências muitos pesadas” à Rússia em caso de “agressão” ao vizinho.
O secretário da Defesa norte-americano colocou cerca de 8.500 militares em alerta máximo, prontos para serem mobilizados pela NATO, se necessário, face ao aumento de receios de uma invasão da Ucrânia pela Rússia, revelou hoje o Pentágono.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse hoje que a UE está preparada para uma “resposta pesada” à Rússia em caso de agressão militar à Ucrânia, mas sublinhou que o grande objetivo é evitar um conflito armado.
O Kremlin acusou hoje a NATO e os Estados Unidos de “exacerbarem” as tensões ao decidirem enviar navios de guerra e caças para a Europa do Leste, num quadro de uma suposta invasão russa da Ucrânia.
A Comissão Europeia anunciou hoje um pacote de ajuda de emergência à Ucrânia de 1,2 mil milhões de euros, visando manter este país "livre e soberano" e apoiar Kiev nestas "circunstâncias difíceis", perante a ameaça russa na fronteira ucraniana.
Os países da NATO colocaram forças em alerta e enviaram navios e aviões de combate para reforçar a defesa na Europa Oriental contra a atividade militar russa nas fronteiras da Ucrânia, anunciou hoje a Aliança Atlântica.
Funcionários da embaixada do Reino Unido em Kiev começaram a sair da Ucrânia face à "crescente ameaça" de uma invasão da Rússia, anunciou hoje o Governo britânico, um dia depois de uma decisão idêntica dos Estados Unidos.
O chefe da diplomacia europeia afirmou hoje que a União Europeia não está a pensar ordenar a retirada do seu pessoal diplomático da Ucrânia, a menos que o secretário de Estado norte-americano partilhe hoje "mais informação" que justifique tal medida.
A Ucrânia considerou hoje "prematura e de "cautela excessiva" a decisão dos Estados Unidos de ordenarem a saída das famílias dos funcionários e outros trabalhadores da embaixada norte-americana em Kiev devido à ameaça militar da Rússia.
O Governo norte-americano ordenou que as famílias dos diplomatas dos Estados Unidos colocados em Kiev abandonem a Ucrânia, “devido à ameaça persistente de uma operação militar russa”, anunciou no domingo o Departamento de Estado.
Os chefes de diplomacia da União Europeia discutem hoje a tensão no Leste da Europa, à luz do conflito entre Ucrânia e Rússia, num Conselho, em Bruxelas, no qual participará por videoconferência o chefe da diplomacia norte-americana, Anthony Blinken.
O Papa Francisco disse hoje estar preocupado com a situação na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, devido à escalada de tensão, e alertou para possíveis repercussões na segurança do continente europeu.
Um primeiro lote de 90 toneladas de armamento letal norte-americano chegou hoje a Kiev, quando permanecem num impasse as negociações entre Washington e Moscovo sobre o reforço militar russo na fronteira com a Ucrânia.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, aceitou reunir-se em Moscovo com o seu homólogo britânico, Ben Wallace, para discutir a crise entre a Rússia e países ocidentais em torno da Ucrânia, disse hoje fonte do governo britânico.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se hoje "convencido" de que "não acontecerá" uma invasão militar russa ou incursão na Ucrânia e pediu diplomacia para resolver a crise em curso, principalmente entre a Rússia e os Estados Unidos.
A Casa Branca indicou hoje que não exclui um encontro entre o Presidente dos EUA e o seu homólogo russo Vladimir Putin, caso contribua para diminuir a tensão bilateral devido à concentração de tropas russas junto à fronteira ucraniana.
A Rússia advertiu hoje os ocidentais com "as mais graves consequências" caso ignorem as suas "preocupações legítimas" sobre o reforço militar dos EUA e NATO no leste europeu, enquanto os países bálticos anunciavam o envio de mísseis para a Ucrânia.
A Roménia considerou hoje inaceitável a exigência russa de que a NATO retire as tropas estrangeiras que mantém em território romeno como uma medida para desanuviar a tensão na fronteira ucraniana.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse hoje que o diálogo com Moscovo vai continuar, mas sublinhou que os Estados Unidos da América (EUA) responderão "a qualquer agressão da Rússia, incluindo as não militares".
O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, deu hoje o tom no início de conversações consideradas cruciais para desanuviar a crise ucraniana, em Genebra (Suíça), ao dizer ao seu homólogo norte-americano que não espera "um avanço".
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, sublinhou hoje em Berlim a unidade dos principais aliados ocidentais face à crise russo-ucraniana e assegurou que "qualquer" avanço na fronteira pela Rússia implicará uma reação "rápida e severa" dos Estados Unidos.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje em Washington que "será um desastre para a Rússia" caso esta decida invadir a Ucrânia e reiterou ameaças de sanções económicas nunca vistas.