O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que a Rússia está a considerar em retirar os talibãs da lista de organizações terroristas, embora esclarecendo que deve ser a Organização das Nações Unidas (ONU) a dar o primeiro passo.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou hoje o incumprimento das promessas feitas pelos talibãs em relação às mulheres afegãs, alertando também para a necessidade de uma ação global para evitar o colapso económico do Afeganistão.
Os Estados Unidos concordaram em fornecer ajuda humanitária ao Afeganistão, que se encontra perto de uma catástrofe económica, mas recusam-se reconhecer politicamente os novos governantes do país, anunciaram hoje os talibãs.
O regime talibã que governa o Afeganistão pediu para intervir nas reuniões da 76.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que decorrem desde hoje até segunda-feira, confirmou hoje o porta-voz da ONU.
O emir governante do Qatar, cujo país tem desempenhado um papel fundamental no Afeganistão após a retirada militar norte-americana, instou hoje os líderes mundiais reunidos na ONU a não virarem costas aos talibãs no poder no país.
Os ministros da União Europeia (UE) decidiram hoje manter uma “presença mínima” em Cabul, dependente da situação de segurança, para facilitar a mobilização de ajuda humanitária, mas rejeitaram conferir “qualquer legitimidade” ao novo governo afegão liderado pelos talibã.
Os talibãs nomearam vários ministros hoje, completando a formação do Governo, que não inclui qualquer ministra ou um ministério feminino, disse o seu porta-voz, Zabihullah Mujahid.
As mulheres no Afeganistão podem continuar a estudar em universidades, inclusive em níveis de pós-graduação, mas as salas de aula serão segregadas por género e a veste islâmica será obrigatória, disse hoje fonte governamental.
Os talibãs exigiram hoje que os seus líderes sejam retirados das listas negras dos Estados Unidos e das Nações Unidas, respeitando o acordo de Doha, e condenaram as críticas feitas aos membros do novo Governo do Afeganistão.
Os talibãs dispersaram hoje com disparos para o ar novas manifestações que denunciavam designadamente a violenta repressão no vale de Panjshir, norte do país, após terem advertido na segunda-feira que não tolerariam qualquer contestação ao seu poder.
O vice-diretor do gabinete político dos Talibãs no Catar, Abdul Salam Hanafi, disse hoje que o seu grupo "nunca permitirá que ninguém use o Afeganistão para ameaçar os interesses da China", segundo um comunicado do Governo chinês.
A diplomacia alemã revelou hoje ter recebido garantias dos talibãs, que assumiram o poder no Afeganistão, de que os afegãos poderiam deixar o país em voos comerciais depois da retirada das tropas norte-americanas, a 31 de agosto.
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou hoje que a comunidade internacional deve continuar "a dialogar com os talibãs”, de forma a preservar os progressos alcançados no Afeganistão durante os 20 anos da operação militar da NATO naquele país.
Os ocidentais apenas devem retirar do Afeganistão os estrangeiros e não os afegãos mais qualificados, alertaram hoje os talibãs, recusando novamente qualquer extensão do prazo para essas operações, marcado para 31 de agosto.
O anúncio foi feito pelo porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, numa fase em que os países ocidentais tentam acelerar o processo de repatriamento dos seus cidadãos e de afegãos para fora do Afeganistão. Do lado norte-americano, o Pentágono confirmou não ter planos para adiar a data de saída.
Os talibãs não anunciarão a formação de um governo no Afeganistão enquanto houver soldados norte-americanos no país, declararam hoje à agência France-Presse duas fontes do movimento extremista.
O cofundador e número dois dos talibãs, Abdul Ghani Baradar, chegou hoje a Cabul para conversações com outros membros do movimento e líderes políticos sobre a formação do novo governo do Afeganistão.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, reunidos hoje por videoconferência, manifestaram “profunda inquietação com os acontecimentos dramáticos” no Afeganistão e exortaram os talibãs a facilitar a saída dos cidadãos estrangeiros e afegãos em situação de risco.
Um documento confidencial das Nações Unidas indica que os talibãs intensificaram a perseguição contra os afegãos que trabalharam com as forças estrangeiras demonstrando preocupação sobre o Emirado Islâmico.
Os talibãs celebraram hoje o dia da independência do Afeganistão após o domínio britânico com uma declaração de vitória contra os Estados Unidos, que consideraram como "outro arrogante do poder no mundo".
Os responsáveis talibãs que instauraram o Emirado Islâmico depois da reconquista de Cabul anunciaram uma amnistia geral para os funcionários do Estado e urgiram as mulheres a fazerem parte do governo.
O mullah Baradar Akhund, chefe do gabinete político dos rebeldes no Qatar, anunciou o fim da guerra no Afeganistão, com a vitória dos insurgentes, após a fuga no domingo do Presidente Ashraf Ghani e a captura de Cabul.
Os talibãs tomaram esta manhã a cidade afegã oriental de Jalalabad, deixando apenas Cabul, a capital, como a única grande cidade ainda controlada pelo Governo.
Os talibãs tomaram hoje a cidade de Ghazni, localizada a 150 quilómetros da capital, Cabul, a 10.ª capital da província a cair numa semana, informou um conselheiro provincial.