O primeiro-ministro, António Costa, avisou hoje que o incêndio de Monchique vai continuar a lavrar nos próximos dias, considerando que este fogo foi "a exceção que confirmou a regra" do sucesso da atual operação de combate.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, manifestou-se hoje perplexa com a duração do incêndio em Monchique, que lavra há seis dias, questionando o tempo que o comando nacional levou a assumir o seu combate.
O abastecimento de energia através da rede de média tensão está totalmente restabelecido em Monchique, apesar de existirem grandes danos na rede de baixa tensão, em troços dispersos da serra, de acordo com a EDP.
Os aviões que combatem o incêndio de Monchique estão a carregar espumífero, garantiu hoje a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), reagindo assim às críticas de especialistas e técnicos que lamentavam não estarem a ser usados produtos químicos.
Dois meios aéreos e mais de 1.400 operacionais estavam pelas 08:00 de hoje a combater as chamas do incêndio na zona de Monchique, que entra no seu sexto dia de atividade, segundo informação da Proteção Civil.
O combate ao incêndio que deflagrou na sexta-feira no concelho de Monchique, no Algarve, está a ser dificultado pela intensidade do vento, disse esta sexta-feira à noite à Lusa o presidente da autarquia, Rui André.
O ministro do Ambiente lembrou hoje em Abrantes a criação o ano passado do programa 'Porta de Entrada', para assegurar que a reconstrução das habitações atingidas pelo incêndio em Monchique vai ser apoiada pelo Governo.
O incêndio que assola a região de Monchique, no Algarve, já é visível do espaço, tendo sido fotografado segunda-feira pelo astronauta alemão na Agência Espacial Europeia (ESA), Alexander Gerst, que partilhou três imagens nas redes sociais.
O presidente da Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários enalteceu hoje o trabalho que estes operacionais fazem em Monchique, onde um incêndio lavra há cinco dias, estranhando que o fogo não esteja a ser utilizado para controlar as chamas.
A paisagem mediterrânica, nomeadamente Portugal, tem que aprender a “conviver de uma maneira saudável” com os incêndios florestais, defendeu o climatologista Carlos da Câmara, considerando que o fogo em Monchique “era um desastre anunciado” devido ao acumular de mato.
A Proteção Civil assegurou hoje que a passagem do comando das operações relativamente ao incêndio de Monchique para um nível nacional é "normal" e está prevista no sistema, rejeitando qualquer ideia de “rotura”.
Alguns moradores do sítio do Rasmalho, em Portimão, por onde hoje ao final da manhã entrou o fogo que lavra em Monchique, pediram à GNR para os deixar ficar em casa, por já estarem habituados a lidar com o fogo.
O presidente da Câmara de Monchique atribuiu hoje ao mau ordenamento florestal as causas para o prolongamento do incêndio que há cinco dias fustiga o concelho e que tem devastado uma área importante da economia do município.
O quinto dia consecutivo do incêndio em Monchique, que se alastrou aos concelhos de Silves e de Portimão, no distrito de Faro, ficou hoje marcado por “fortes reativações”, contando com mais de 1.200 operacionais no combate às chamas.
Cinco localidades da serra de Monchique estão ainda ao final da tarde de hoje sem energia elétrica e com muitos quilómetros de linha da EDP danificados, não sendo ainda possível quantificar a totalidade de equipamento atingido, segundo a empresa.
As chamas são bem visíveis, mas não amedrontam os habitantes da aldeia de Casais, em plena serra de Monchique, no distrito de Faro, que se recusam a abandonar as suas habitações, apesar das insistências da GNR.
As unidades hoteleiras de Monchique de onde tiveram de ser retirados hóspedes pela aproximação do fogo mantêm-se intactas, apesar da incerteza de quando poderão reabrir, disse hoje à Lusa o presidente da maior associação hoteleira do Algarve.
O incêndio que deflagrou na sexta-feira em Monchique já obrigou à retirada de pessoas de casas também no concelho de Silves, tendo a situação mais preocupante sido registada na zona de Falacho, disse à Lusa a presidente da Câmara.
Mais de 250 pessoas foram deslocadas durante a noite no combate ao incêndio que lavra desde sexta-feira em Monchique, no distrito de Faro, onde as operações se mantêm de “elevada complexidade”, informou hoje a Proteção Civil.
Várias localidades na serra de Monchique estão sem telecomunicações móveis, estando as operadoras a aguardar autorização da Proteção Civil para intervir no terreno e restabelecer a totalidade das comunicações, afirmaram hoje as empresas.
O Ministério da Agricultura negou hoje que exista no Instituto de Conservação da Natureza qualquer plano de prevenção e combate a incêndios que englobe a zona de Monchique apresentado pelos produtores florestais do barlavento algarvio.
José Miguel Cardoso Pereira, coordenador do estudo que apontava Monchique como o concelho do país com maior risco de incêndio este ano disse hoje que “ninguém tomou grandes medidas de limpeza da floresta” nesta área, que desde 2003 estava a acumular vegetação.
Uma equipa composta por cinco enfermeiros e um médico estão a dar apoio às 120 pessoas que passaram a última noite no Portimão Arena, depois de terem sido retiradas das suas casas devido ao incêndio em Monchique.