Os médicos iniciaram às 00:00 de hoje dois dias de greve e vão manifestar-se à tarde em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para que "a defesa da carreira médica e do SNS sejam uma realidade", segundo a federação sindical.
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) acusou hoje o ministro da Saúde de "empurrar o país para uma tragédia anunciada" com risco de mortes, e considerou que a proposta do Governo para aqueles profissionais está "cheia de desigualdades".
As estruturas representativas dos médicos reúnem-se hoje de emergência em Fórum Médico para discutir a atual crise nas urgências e as negociações com o Governo sobre salários e a carreira médica.
Depois de 16 meses de negociações falhadas e perante a ameaça de o governo legislar unilateralmente, ministro e sindicatos voltam à mesa das negociações esta quinta-feira. "Ninguém" quer greves na Saúde, mas isso não chega para desatar o nó que está a estrangular as urgências. Os médicos exigem mais
Os sindicatos dos médicos e o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, voltam hoje à mesa das negociações, um mês depois da última ronda negocial ter terminado sem acordo.
O ministro da Saúde reafirmou hoje o empenho no diálogo com os médicos e assegurou que as soluções para os problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão a ser negociadas, deixando poucas respostas à oposição.
O Ministério da Saúde está "muito disponível" para se aproximar das reivindicações dos médicos e espera "a mesma disponibilidade" dos sindicatos para a reunião negocial prevista para quinta-feira à tarde, disse hoje o ministro Manuel Pizarro.
O ministro da Saúde recusou hoje divulgar qual a nova proposta que vai apresentar aos sindicatos médicos na reunião agendada para quinta-feira, sublinhando que para haver acordo são precisas duas partes e que procurará fazer a sua.
O decreto-lei que altera o regime jurídico de reconhecimento de graus académicos e diplomas de ensino superior atribuídos por instituições estrangeiras e estabelece o regime excecional e temporário do reconhecimento de graus estrangeiros em medicina foi hoje publicado.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apelou hoje aos clínicos para avisarem com 30 dias de antecedência da indisponibilidade para fazer horas extraordinárias, além das 150 obrigatórias por ano.
A Ordem dos Médicos (OM) apelou hoje para que o Governo encontre soluções que evitem "a situação de rutura grave e iminente" em vários hospitais do país, com o encerramento da atividade em diversos serviços de urgência.
A adesão à greve dos médicos de Lisboa e Vale do Tejo, que teve início às 00:00 de hoje, estava às 08:30 a ser "muito forte", estando apenas a serem cumpridos os serviços mínimos, segundo fonte sindical.
Os profissionais estimam que apenas 51 médicos poderão beneficiar deste aumento da sua remuneração, sendo que Executivo garante que medida irá abranger 800 profissionais.
O presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) Norte disse hoje que a adesão à greve dos médicos da Administração Regional de Saúde está a ser “muito forte” com blocos operatórios encerrados e centros de saúde praticamente parados.
Os médicos da Administração Regional de Saúde Norte iniciaram hoje uma greve de dois dias convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) para exigir ao Governo a revisão transversal da grelha salarial de um grupo de profissionais "sempre penalizado".
O ministro da Saúde disse hoje ter expectativas de que os médicos compreendam que as medidas hoje aprovadas, que reorganizam o Serviço Nacional de Saúde, implicam um "enorme esforço de reforço" dos salários.
A adesão à greve dos médicos ronda os 95% nos dois principais agrupamentos de centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e no Hospital Beatriz Ângelo apenas os blocos operatórios de urgência estão a funcionar, segundo o sindicato.
A proposta final apresentada hoje pelo Ministério da Saúde aos sindicatos dos médicos prevê um aumento de 917,10 euros mensais na remuneração de entrada dos médicos especialistas que trabalham nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) espera uma adesão elevadíssima dos médicos da Administração Regional de Saúde do Norte à greve que começou hoje e exige que o Governo trave “de uma vez por todas” o desinvestimento na carreira médica.
Os médicos da Administração Regional de Saúde Norte iniciaram hoje uma greve de dois dias convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), exigindo que o Governo integre toda a classe médica na tabela remuneratória única da função pública.
Mais de mil médicos assinaram a carta hoje enviada ao ministro da Saúde a avisar da indisponibilidade para trabalhar mais do que as 150 horas anuais obrigatórias se não terminar o impasse negocial com a classe.
O Governo antecipou para quinta-feira a ronda negocial com os sindicatos médicos para apresentação final do diploma sobre a generalização das Unidades de Saúde Familiar modelo B e a dedicação plena, disse à Lusa o ministério da Saúde.
O ex-bastonário da Ordem dos Médicos defendeu hoje que o alargamento das Unidades Locais de Saúde (ULS) “não é uma grande reforma” e devia ter sido discutida no parlamento e previamente avaliada por entidades independentes.