• Não é apenas uma questão de fazer contas

    Portugal precisa de sair do procedimento dos défices excessivos em 2015, isto é, precisa de ter um défice público igual ou inferior a 3%. E é isso que vai suceder se António Costa e Mário Centeno puserem Portugal à frente dos interesses políticos do Governo e de um confronto partidário com os partid
  • Uma questão de educação (política)

    O governo de António Costa tomou posse há quatro dias e já é claro que uma das marcas da nova governação é mudar o que existe, qualquer que seja a área, sem avaliações e sem qualquer debate público. O fim apressado e até atabalhoado dos exames do 4º ano é o pior dos sinais e uma evidência de um dos
  • O mérito é uma ideia perigosa

    O mérito é bom. A meritocracia é uma ideia de uma sociedade evoluída. Mas, como acontece em tantas outras situações, nada pior para estragar uma boa ideia – uma ideia com mérito – do que usá-la a pretexto de tudo e de nada e esquecê-la olimpicamente quando efectivamente deve ser invocada.
  • Boa sorte, Mário Centeno

    São 17 os ministros do novo governo e depois ainda virão os secretários de Estado. Mas nem todos têm a mesma importância. Não se trata de desvalorizar uma ou outra área, trata-se apenas de perceber que os danos e as virtudes que ocorram nas várias pastas não têm o mesmo impacto nas nossas vidas.
  • As seis condições de Cavaco

    Cavaco Silva deu sinais contraditórios nos últimos dias em relação à indigitação de António Costa como primeiro-ministro e agora regressou à casa de partida; foi coerente com as primeiras exigências e quer mais do que uma espécie de acordo. Se lhe chegar o compromisso de Costa, teremos governo já. S
  • O dia a seguir ao 25 de Novembro

    Lamento, mas não me lembro. O que felizmente me dispensa de manifestações exacerbadas sobre o perigo comunista ou sobre a reacção fascista. Sei o que aconteceu, li nos livros da História, acho que compreendi razoavelmente bem os factos e o contexto da época, mas, desculpem lá, estamos em 2015 e não
  • Bom dia. E boa sorte

    O dia foi histórico mas nada teve de heróico. Foi histórico porque, pela primeira vez em quatro décadas de democracia, o PCP e o Bloco de Esquerda aceitaram fazer um compromisso que permite dar posse a um governo. E independentemente do que se pense sobre isso, este é um facto que pode mudar as regr
  • Porque é que o programa do PS é um erro

    Pronto, já temos um governo de Esquerda, ou melhor, um governo minoritário do PS com o apoio da CDU e BE, e, à medida que se conhece a substância do acordo, a forma, as medidas, os números, as 138 páginas, mais reservas ele suscita, mais dúvidas se levantam sobre a sua credibilidade e consistência.
  • Catarina (ministra) Martins

    Catarina Martins já tem pose de ministra, já fala como ministra, por isso, só falta mesmo ser ministra do mais do que provável governo de coligação de Esquerda, uma nova troika sem um cheque de 78 mil milhões de euros, mas com a responsabilidade de não deitar fora o que foi feito no país nos últimos
  • Revista à portuguesa

    O que parece mais interessante no momento político nacional - e até, quem sabe, objecto de estudo para o futuro - é o facto de os protagonistas, sem excepção, protagonizarem uma qualquer personagem, interpretarem um papel, e ficcionarem a realidade como se efectivamente vivessem nesse inexistente mu
  • Uma escolha fácil

    Se o governo de Pedro Passos Coelho cair no Parlamento, Cavaco Silva vai ter de escolher entre um governo minoritário do PS com apoio dos partidos anti-europeus e um governo de gestão ou, no limite, de iniciativa presidencial. E, se nenhuma das opções impedirá eleições a curto prazo, a opção por um
  • Cartas na mesa

    Nós cumprimos o nosso papel (falo por mim, claro, e pelos que foram até às câmaras eleitorais): votámos no dia 4 de Outubro. Depois, coube àqueles senhores entenderem-se sobre a melhor forma de continuar a delapidar o país e a dar-nos cabo da paciência… Pelos vistos, não chegam a qualquer acordo, ai
  • Um líder primeiro, um país e um partido depois

    Vamos lá recapitular: a coligação ganhou as legislativas, certo? O PS perdeu as legislativas, certo? A resposta é ‘sim’ a ambas as perguntas, portanto, tendo em conta que Passos e Portas não têm maioria absoluta, estão a negociar um entendimento com António Costa, certo? Errado, o líder do PS anda e
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