O primeiro-ministro abre hoje o debate sobre o estado da Nação, no parlamento, com um discurso de balanço dos dois anos de Governo e com a identificação dos principais desafios até ao final da legislatura.
Jornalistas estrangeiros consideram que a crise internacional chamou a atenção dos ‘media’ internacionais para Portugal, uma exposição que se mantém com o processo de retoma económica e os sucessos desportivos e culturais.
BE, PCP e PEV vão congratular-se no debate de quarta-feira com o caminho de reposição de rendimentos feito no último ano e meio de governação socialista, mas prometem insistir na rutura com “a política de direita” e os “constrangimentos europeus”.
O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares admite que no debate do Estado da Nação os resultados económicos do Governo possam ser secundarizados, mas espera que a oposição não retire “dividendos político-partidários” de uma tragédia como a dos incêndios.
PSD e CDS-PP prometem confrontar o Governo no debate com as cativações de perto de mil milhões de euros, com os sociais-democratas a falarem de "austeridade manhosa" e os democratas-cristãos a exigirem conhecer o "real estado do país".
Portugal tem menos défice e menos desemprego e a atividade económica está a crescer mais, mas a dívida pública continua a subir e a taxa de poupança das famílias está em mínimos históricos.
Pedrógão Grande e Tancos vão contaminar, segundo politólogos, o debate do Estado da Nação e podem desgastar o Governo, que estava a superar as expectativas, com uma oposição em dificuldades e um Presidente da República como elemento decisivo.
Os debates quinzenais no parlamento foram, no ano que termina com o debate do estado da Nação, palco para o Governo apresentar resultados, arena para “duelos” políticos com a oposição e para os parceiros da esquerda deixarem avisos.