Os jornais espanhóis destacam hoje a vitória do PSOE (socialistas) nas eleições legislativas de domingo, mas sublinham que o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, terá ainda mais dificuldade em formar Governo do que na consulta anterior.
O partido Chega, liderado por André Ventura, felicitou o resultado do partido de extrema-direita Vox que passou a ser a terceira força política em Espanha ao eleger 52 deputados nas legislativas de domingo.
O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, apelou hoje a “todos os partidos” para que atuem “com responsabilidade e generosidade” para desbloquearem o impasse político em Espanha, assegurando que pretende formar um Governo progressista.
O primeiro-ministro, António Costa, felicitou hoje o seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, pela vitória dos socialistas do PSOE nas eleições gerais de Espanha, disse à agência Lusa fonte do executivo português.
O secretário-geral do Cidadãos, José Manuel Villegas, espera que os resultados do partido nas eleições legislativas de hoje em Espanha possam contribuir para "solucionar o bloqueio político".
Os socialistas do PSOE ganharam as legislativas de hoje em Espanha sem maioria, conseguindo 120 deputados, menos três do que nas eleições anteriores, quando estão contados 99,9% dos votos e atribuídos todos os 350 lugares no parlamento.
O secretário-geral do PP (direita) de Espanha, Teodoro García Egea, defendeu hoje que o primeiro-ministro em funções, Pedro Sánchez, deverá "começar a pensar em ir-se embora" se se confirmar a perda de mandatos dos socialistas nas eleições.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, formulou hoje votos de que as eleições em Espanha corram “o melhor possível”, sublinhando que o que for bom para um país “irmão e vizinho” é bom para Portugal.
Os eleitores espanhóis estão hoje a votar “fartos” por terem de ir às urnas mais uma vez, mas com a esperança de que os partidos políticos cheguem finalmente a um acordo que acabe o impasse político.
Os socialistas do PSOE deverão ser os mais votados nas eleições legislativas que se realizam hoje em Espanha, mas irão ter ainda mais dificuldade para conseguir os apoios necessários para formar um Governo estável.
O presidente do Governo catalão defendeu, em entrevista à Lusa, que Espanha tem de saber retirar a mentalidade franquista de vários setores do Estado e começar a encarar a região autónoma da Catalunha como um “sujeito político”.
O presidente do Governo catalão, Joaquim Torra, disse à Lusa que vai continuar a insistir na realização de um referendo sobre a "autodeterminação" da Catalunha apesar das propostas do PSOE sobre a proibição de consultas populares.
Quim Torra, presidente da Generalitat, disse hoje em entrevista à Lusa que a questão catalã está a afetar a estabilidade em Espanha e que as eleições de domingo são um dos momentos mais sensíveis da política espanhola e da Catalunha.
Os receios de uma subida da extrema-direita dominou as últimas horas da campanha para as eleições deste domingo, com o candidato socialista e primeiro-ministro em exercício a tentar mobilizar contra esse perigo os eleitores de esquerda.
As quartas eleições gerais espanholas em quatro anos, que se realizam no domingo, são encaradas com descrédito por eleitores da zona raiana entre o Algarve e a região espanhola da Andaluzia, na localidade de Sanlucar de Guadiana.
San Martín del Pedroso é a primeira localidade espanhola no outro lado da fronteira de Quintanilha onde os pedidos para as eleições de domingo são mais gente e trabalho num povo invadido pelo silêncio e vazio do despovoamento.
O presidente do Governo regional da Catalunha, Quim Torra, negou hoje "qualquer ligação" com os independentistas em prisão preventiva, acusados de pertencer a um grupo "terrorista" e de planear a ocupação do parlamento regional.
Alfred Bosh, membro do governo autónomo da região espanhola da Catalunha, disse hoje à Lusa que as propostas do líder do PSOE sobre a penalização de referendos são oportunistas e repressivas.
Os portugueses em Madrid estão a seguir com “indiferença” e “cansaço” mais uma campanha eleitoral em Espanha com o receio de que os partidos políticos, mais uma vez, não consigam chegar a um acordo que garanta a estabilidade governativa.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, propôs hoje no início do debate televisivo entre os principais candidatos às legislativas do próximo domingo um pacto entre os partidos para permitirem que o partido mais votado governe em minoria.
A imprensa espanhola publica hoje várias sondagens que dão a vitória ao PSOE, mas com o bloco de partidos de direita ligeiramente à frente dos de esquerda, sem que nenhum deles possa desbloquear o impasse político que se vive.
Espanha foi a votos quatro vezes nos últimos quatro anos porque o sistema bipartidário acabou e os consensos se complicaram, consideraram analistas políticos, defendendo que a questão da Catalunha pode ser o fator decisivo de entendimento.
Os cinco principais candidatos das eleições espanholas do próximo domingo realizam hoje ao fim do dia o único e muito esperado debate televisivo para tentar convencer os espanhóis indecisos e os que acham que não vale a pena ir votar.
O secretário-geral do PSOE alertou este sábado contra os perigos de os espanhóis votarem no Vox (extrema-direita) que colou ao Partido Popular (direita), o inimigo político tradicional dos socialistas com quem se alternam na condução do Governo há dezenas de anos.