Nas sete palavras desta semana, falo de vacinas (claro), mas também de crueldade, ciência e confusões. Ah, e porque hoje é o Dia do Livro, deixo três sugestões de leitura.
Num ambiente crispado e tenso, este é, mais uma vez, um jogo que pode mudar a sorte do campeonato e os verdadeiros adeptos esperam que seja isso que se discuta. Dentro do campo.
O ser humano tem este dom extraordinário de usar pesos e medidas diferentes para situações semelhantes, dando sentido à expressão “albardar o burro à vontade do dono”, e com isso justificando qualquer espécie de atitude. Até mesmo apanhar sarampo, doença que julgava erradicada do nosso horizonte.
No Dia Mundial da Bicicleta começo por afirmar que, como em qualquer artigo de opinião, este texto dispensa objectividade. Tal acontece porque sou fã confessa de bicicletas. Durante muitos anos foi o meu principal meio de transporte. É um facto que morava a cinco minutos a pé do liceu. Também é um f
Entender o que está certo ou errado no mundo da ética, dos negócios e da política passa longe, muito longe da equipa que liderou a Odebrecht, o gigante brasileiro da construção e ... do suborno. A impressão que se tem é a de que para trabalhar naquele grupo era preciso apresentar no currículo algum
O mundo é um lugar perigoso, já se sabe. Todos os dias temos notícias sobre como o Mal nos assola. O que se passa na Tchetchénia é, no limite, um atentado a todos os valores humanistas que aprendemos a conhecer e, ao mesmo tempo, exemplar de como não evoluímos como espécie.
O mundo está descarrilado e incerto, um pouco ao contrário das marchas militares em Pyongyang. Essas são paradas espectaculares, coreografadas ao pormenor, sincronizadas ao milímetro e ao segundo. Estava a vê-las num noticiário e a deixar-me hipnotizar pelo efeito. Senti-me num regresso ao passado –
Houve um tempo em que triunfavam e influenciavam o cinema, a música e a literatura de França. Truffaut e Godard, Gréco e Ferré, Genet e Camus, Duras e Yourcenar. É uma época que começou a extinguir-se um pouco antes do final do século XX. Era uma ocasião em que ir a Paris era uma primeira ambição de
O que se está a passar na Turquia? Segundo a esmagadora maioria da comunicação social e da opinião pública mundiais, assim como da oposição turca, Erdogan está em vias de se tornar um ditador dentro dum sistema pseudo-democrático. É verdade, mas é mais do que isso.
Li não sei onde que o animal mais perigoso do mundo é um ser humano com menos de trinta anos. E agora pergunto eu: qual é o segundo animal mais perigoso do mundo? Não há dúvidas: é o ser humano com mais de trinta anos. E às vezes até trocam de posição.
Tive esta ideia de negócio há dias e achei genial. Nem o Miguel Bate-Punho se lembraria deste nível de empreendedorismo. Claro que o adjectivo “genial” está mais usado que piadas da Maddie, a desculpa “não me lembro” do Ricardo Salgado e do avançado do Canelas e do que a minha dignidade ao sair do L
“O nome dela é Pedro e ela é um monstro” – este título de uma matéria da última revista do Expresso, assinada por Christiana Martins, além de ter baralhado o corrector ortográfico do computador, remeteu-me para outras matérias que li na imprensa inglesa, por estes dias, numa coincidência que até me
Aqui está a perfeita definição para tanto do que (ainda) acontece na nossa sociedade: "Tristemente, sou sim fruto de uma geração que aprendeu, erradamente, que atitudes machistas, invasivas e abusivas podem ser disfarçadas de brincadeiras ou piadas. Não podem. Não são." A frase é de José Mayer.
Tenho uma capacidade muito falsa de me surpreender com o meu país. A ruralidade, sobretudo, surpreende-me duma forma falsa. O maravilhamento é genuíno, mas a surpresa que o aumenta é falsa.
A barbaridade em Khan Sheikoun tem tudo para nos revoltar. Quando vemos as imagens daquelas crianças, daquela gente de todas as idades, a morrer em asfixia pelo gás tóxico, saímos da rotina do desfile de imagens de guerra que, pelo efeito de repetição, quase desarma a nossa sensibilidade. A utilizaç
“Pesadelo na Cozinha” é um sucesso. Vi todos os episódios e não me consigo cansar de devorar com voyeurismo esta tour nacional hoteleiro-kafkiana. A adaptação do formato britânico “Ramsey’s Kitchen Nightmares” resulta especialmente por este reality-show abordar uma curiosidade que os portugueses têm
Hoje, neste percurso por sete palavras da semana, viajamos à mais estranha fronteira da Europa e passamos ainda por uma das mais pequenas fronteiras do mundo, aqui bem perto. Sim, falo de Gibraltar.
Não está assim tão difícil arranjar casa como nos querem fazer parecer. As pessoa é que querem viver todas em palacetes, daqueles todos luxuosos com um quarto onde dá para uma cama de pessoa e meia, uma sala com um sofá de dois lugares (dois lugares!) e uma kitchnette com um bico de fogão e mini-fri
A chamada “pós-verdade” - a que chamo apenas, com maior rigor, mentira - anda de tal forma a cercar-nos, a instalar-se, e a fazer do seu pernicioso carácter um dado a ter em conta, e uma desconfiança permanente, que duvidei daquele vídeo que exibe a joelhada de um futebolista ao árbitro, logo no com
Isto é um espaço de opinião, mas hoje pretendo que seja um espaço de memórias. Ou, melhor, da falta delas. É que as opiniões são (por definição) subjectivas, e as memórias não deixam de sê-lo também – filtradas, revisionadas, selecionadas e (sabe-se lá) inventadas por quem as conta. Revelam-se muita