Há 31 anos menos três dias, 10 de maio de 1981, François Mitterand recebeu 51,7% dos votos, destronou Giscard e pôs a esquerda no poder em França. Abriu uma década de vaga socialista na Europa. O noticiário da rádio, às seis da tarde desse domingo de maio de 81, fez uma pausa de segundos até que nos
Ah, sim, confesso. Não me batam, por favor. Mas vi o debate eleitoral entre Le Pen e Macron. Foi uma tentação irresistível. Aqui fica o que vi em sete palavras.
Quantas vezes bate o coração de uma mãe. A que ritmo. Com que pausas. Quantas vezes se encolhe e se expande. Todas as vezes, as vezes todas. Somos várias mães ao longo da vida mas eles são sempre os nossos filhos.
Acho simpático da tua parte partilhares no Facebook tudo o que diz respeito ao meu trabalho, mas comentares com aquele cãozinho a rir já é demais. Usa antes um “lol” como fazes de vez em quando para pareceres jovem rebelde. Acho mais graça.
Há um país assim, com pessoas que trabalham e não são pagas, serviços retribuídos com um sorriso ou agradecimento simpático. Chamam-lhe palmadinha nas costas. Uns vivem dos favores dos outros que aguardam a sua vez de cobrar. Normalmente esperam. E desesperam. Curiosamente, nesse país, os bens de pr
Há melhor do que haver quem nos deixe a pensar, num tempo em que nos desculpamos, por tudo e por nada, com a falta de momentos para “parar e pensar”? Gosto de ler alguns dos escritores, jornalistas e ensaístas que pontuam a revista de domingo do jornal “El Pais”. As crónicas são quase sempre boas re
Não sei se os blogues ainda são relevantes, ou se foram mortos pelo Facebook (da mesma forma que o video matou a radio star, como na canção dos Buggles), mas lembro-me que há uma década ainda eram “a cena”. Fui um blogger desconhecido, embora com o pé dentro dum círculo nobre de blogadores, alguns q
A startup da política criada há um ano por Emmanuel Macron está, agora, a chegar à fase em que se vai ver se tem ou não energia para liderar a mudança em curso na paisagem política francesa. É a partir de agora que se vai perceber se Macron tem ou não estatura para aparecer como um novo imperador na
Há um ano, os meus filhos chegaram àquela idade em que queriam ter um animal de estimação. No início, começaram por pedir um cão ou um gato. Gatos estava fora de questão porque eu tenho a teoria que pessoas que gostam muito de gatos gostam pouco de pessoas. Também não consigo ter um cão porque já ti
Sim, eu sei, não houve nenhum holocausto nuclear. Mas a verdade é que, no dia em que o mundo explodir em mil cogumelos radioactivos, não poderei escrever esta crónica — estarei de férias — ou então, o que é mais provável, morto. Por isso, adianto-me e deixo aqui sete palavras sobre o fim.
A meio da primeira semana para a segunda volta das eleições francesas, Amiens foi o palco perfeito para a nova disposição do xadrez. Le Pen abraçou trabalhadores à beira do desemprego, Macron reuniu-se com patrões e sindicatos. E para aqueles que acham impensável que alguma esquerda venha a votar Le
Li por estes dias “O Imenso Adeus”, de Raymond Chandler, um dos clássicos que tinha falhado, e para o qual a reedição da colecção “Vampiro” (renovada e recriada...), me acordou. Em boa hora e por menos de dez euros...
Hoje estamos no rescaldo do 25 de Abril, tanto o hoje específico do 26 de Abril de 2017 como o Hoje do Presente, o hoje que foram todos os dias dos últimos 43 anos.
O resultado eleitoral, que instala sem contestação o Emmanuel Macron e a Marine Le Pen na segunda volta do próximo domingo 7 de maio, não pode disfarçar a realidade de um país em grande crise existencial. O que sobressai destes longos e intensos meses de campanha eleitoral é que a nação francesa rar
Olhar para Portugal e manter esse tesouro “inicial inteiro e limpo” por ser urgente ainda agora a Liberdade, uma outra forma de Liberdade ou várias liberdades. Como se a luta pelo melhor fosse infinita e, por isso, o que foi ontem ainda é hoje e podemos construir sempre mais e melhor.
Neste dia 25 de Abril vem para o topo uma recomendação: procurar e entrar pela leitura do primeiro dos novos oito volumes de uma obra fundamental, o Dicionário da História de Portugal. Joel Serrão iniciou, a grande tarefa deste Dicionário nos anos 60 do século XX. Trouxe-nos então, em seis volumes,
António de Oliveira Salazar não só não tinha um blog como não usava o Twitter, não espreitava o Facebook ou publicava no Instagram. Tinha-nos, no entanto, mais controlados e vigiados do que os que nasceram no pós-25 de Abril, alguma vez poderão imaginar.
O futebol português vai morrer. E não é de velho. Aliás, até estava na frescura da adolescência. Ainda o ano passado conseguiu a sua primeira grande vitória internacional, porém hoje está iminente o seu falecimento por fatores internos.
As sondagens mostraram-se fiáveis, a questão presidencial francesa está resolvida: salvo enorme e improvável surpresa, Emmanuel Macron vai ser, a partir de 7 de maio, presidente da França. O duelo final vai opor dois modelos de sociedade claramente distintos: a França inclusiva e aberta ao mundo pr
À margem dos resultados que se vão sucedendo de eleição em eleição, o desinteresse dos franceses pelo que os espera não é assim tão diferente do de outros europeus. A falta de expectativas - ou pelo menos de expectativas positivas que valham o esforço e a acção - é um problema tão urgente de resolve
Marine Le Pen não chegou lá. A França não sairá da União Europeia, os magrebinos não serão expulsos, nem o país que é o centro institucional e geográfico do Continente entrará numa cavalgada nacionalista e antiglobalização. Tão simples como isto. O resto, como diria Demócrito, são opiniões.
Era para estar a aqui a escrever sobre o Sporting – Benfica de ontem mas, convenhamos, o jogo foi uma merda. Nada que seja surpreendente no futebol português, mas ainda assim há sempre esperança que um jogo entre estas duas equipas seja, no mínimo, menos enfadonho que um documentário de 90 minutos s
A pergunta mais essencial em volta das eleições presidenciais em França leva o nome de Marine Le Pen, e é esta: ela pode realmente ser eleita presidente de França? É a pergunta fulcral porque há a noção de que a eleição de Le Pen significaria, um ano depois do Brexit, o abrir de portas ao Frexit, po