A mina de Balama exporta minério para fabrico de baterias de carros elétricos.
"As operações de mineração, processamento e logística foram retomadas em Balama sem restrições", após entendimento "com colaboradores e subcontratados", lê-se no comunicado.
A Syrah refere que as operações e a renovação do acordo de empresa "estão a ser levados a cabo com o apoio das autoridades competentes do Governo de Moçambique" e em diálogo "com os representantes designados da sua força de trabalho sindicalizada".
A mina parou em setembro, no que a empresa classificou como "greve ilegal", acusando um grupo de trabalhadores de ter colocado em causa a segurança do espaço.
A exploração de grafite para exportação é uma das atividades em que o Governo moçambicano prevê que haja grande crescimento em 2023.
O Orçamento do Estado para 2023 prevê "um crescimento na produção na ordem de 48% para 270 mil toneladas" e a Syrah é uma das principais operadoras.
A mina de Balama produziu cerca de 38 mil toneladas de grafite no terceiro trimestre de 2022, sendo que a maioria do material foi exportada pelo porto de Nacala, na província de Nampula.
Para o mesmo período, a empresa já tinha anunciado vendas de 55 mil toneladas.
As operações da empresa australiana têm sofrido um ano conturbado, reflexo da instabilidade no norte de Moçambique.
Em junho, a cadeia logística já tinha sido suspensa temporariamente devido a ataques de rebeldes que há cinco anos atormentam Cabo Delgado e que se aproximaram da estrada por onde é escoada a grafite.
A mina de Balama iniciou a produção comercial há quatro anos e foi destaque em dezembro, quando a Syrah anunciou um acordo com multinacional de veículos elétricos Tesla, que pretende usar grafite da mina - que é descrita como um dos maiores depósitos "de qualidade" no mundo pela própria companhia australiana.
LFO // VM
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