O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou Abi Feijó no Palácio de Belém, em Lisboa, no final de um jantar oferecido aos laureados com os Prémios Sophia, da Academia Portuguesa de Cinema.
Álvaro Feijó, conhecido como Abi Feijó, está há mais de 40 anos ligado ao cinema de animação, na produção, realização, programação, ensino e divulgação.
Nascido em Braga, em 1956, e licenciado em Arte Gráfica e Design no Porto, Abi Feijó queria fazer banda desenhada, mas acabou por escolher cinema de animação, ao assistir à primeira edição do festival Cinanima, em Espinho, em finais dos anos 1970.
Em 1985 concluiu "Oh que calma", a primeira de mais de uma dezena de curtas-metragens de animação, enquanto realizador e animador.
De todos os filmes, destacam-se "Os salteadores" (1993) e "Fado Lusitano" (1995), que se debruçam sobre a História de Portugal e que estão entre os mais premiados da filmografia de Feijó.
Abi Feijó criou ainda as produtoras Filmógrafo (1987) e Ciclope Filmes (2002), esteve na Fundação da Casa da Animação e presidiu à Associação Internacional do Filme de Animação.
Em 2019, foi convidado a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que atribui anualmente os Óscares.
Do percurso de Abi Feijó é ainda de salientar as dezenas de ateliers, cursos e oficinas conduzidas e programadas por Abi Feijó ao longo das últimas décadas, na formação de novos realizadores e profissionais na área do cinema de animação.
Em 2014, inaugurou um espaço em Lousada dedicado às imagens em movimento, conhecido como Casa-Museu de Vilar, que dinamiza com a realizadora Regina Pessoa, de quem produziu todos os filmes.
Este ano, Abi Feijó foi distinguido com um prémio de carreira da Academia Portuguesa de Cinema.
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Lusa/fim
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