No fim da cerimónia, após o Presidente da República ter prestado homenagem aos "heróis" do 1.º de Dezembro de 1640, junto ao monumento da Praça dos Restauradores, em Lisboa, cerca de duas dezenas de populares gritaram "Olivença é portuguesa" e "morte aos traidores".

Tinham também cartazes onde se lia "sem Olivença Portugal está amputado" ou "Restauração incompleta falta Olivença".

Cinco minutos antes do início da cerimónia, pelas 09:55, este mesmo grupo recebeu a chegada do ministro da Defesa, Nuno Melo, com uma salva de palmas, agradecendo-lhe o recente apoio público que deu à causa de Olivença, atualmente em território espanhol. Mas o titular da pasta da Defesa, nem no início, nem no fim da cerimónia, se dirigiu a este grupo de manifestantes, ou se referiu à questão de Olivença.

Nuno Melo virou antes o seu discurso "para o sacrifício" dos antigos combatentes portugueses ao longo de quase nove séculos, defendendo que a restauração da independência no 1º de Dezembro de 1640 "foi expressão do grito de uma nação que recusa a submissão e a vassalagem" perante domínios externos.

Antes de Nuno Melo, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, tinha feito um discurso com algumas mensagens políticas. Criticou "os extremismos políticos" - setores que acusou "de venderem ilusões e de dividirem o país", através da criação "fantasmas" ou "inimigos imaginários".

Numa sessão aberta pelo presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, José Ribeiro e Castro, estiveram presentes na Praça dos Restauradores o antigo chefe de Estado Ramalho Eanes, o procurador Geral da República, Amadeu Guerra, o vice-presidente do parlamento Diogo Pacheco Amorim (deputado do Chega) e representantes do PS (Pedro Delgado Alves) do CDS (Paulo Núncio) e do Chega (Rui Paulo Sousa).

 

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