Os participantes deslocaram-se depois até à Praça da Liberdade, no centro desta cidade situada 70 quilómetros a norte de Belgrado, para homenagear as vítimas do acidente de 01 de novembro.

Durante o percurso, a marcha parou em silêncio 15 vezes, uma por cada uma das pessoas que perderam a vida quando parte da estrutura da estação recentemente renovada colapsou, adiantou a agência EFE.

Muitos manifestantes tinham as mãos pintadas com tinta vermelha, simbolizando o sangue derramado no acidente.

"Este sangue não estaria aqui se tudo tivesse sido feito dentro da lei", "Passou um mês, onde está a justiça?", "A corrupção manda e o povo sofre", "Sem responsabilização não há segurança" e "A injustiça nunca governa para sempre" foram alguns dos `slogans´ das faixas que transportaram.

Os manifestantes, incluindo membros e apoiantes dos partidos da oposição, exigiram também que todos os contratos e documentos relacionados com a construção e renovação da estação ferroviária sejam tornados públicos.

Pediram ainda a demissão do presidente da Câmara de Novi Sad, Milan Duric, contra quem todos os partidos da oposição apresentaram na assembleia municipal uma moção de censura, que deverá ser votada na terça-feira.

Construída em 1964, a estação foi recentemente remodelada e reaberta ao público em julho. O consórcio de empresas estatais chinesas responsáveis pelas obras garantiu que a estrutura que ruiu não foi alvo de qualquer intervenção.

Após o incidente, foi aberta uma investigação, tendo já sido ouvidas dezenas de pessoas, e o ministro da Construção, Goran Vesic, demitiu-se dias depois do acidente.

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